quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010?


2009 está se encerrando e eu aqui trabalhando e ouvindo A Cor do Som enquanto Brasília vive o clima de abandono no estilo "o último que sair (da cidade) apaga a luz".

Fato que passou despercebido foi que o blog está fazendo seu primeiro aniversário esta semana. Mas tal fato pelo menos ocorre do jeito como eu queria: discreto, sem alardes.

Porém, e é nesse ponto que quero chegar, tinha planos para o blog quando chegasse esta data. Queria mudar o visual para a virada, mas esse é mais um daqueles planos que fazemos e que são postergados ad eternum. Como meu plano (também eterno) de aprender a tocar baixo.

Quantos planos concretizamos em 2009? Quantos vamos cair na besteira de fazer em 2010 sabendo que daqui a 3 dias já os teremos esquecido todos?

O bom mesmo da data de hoje são as previsões. E como ano que vem é ano de copa e de eleição aí é que os videntes e pais de santo vão fazer a festa. Ano passado uma previsão que me chamou a atenção no fim das contas se concretizou.

Quanto as previsões que estão mais em evidência no dia de hoje obviamente são aquelas que respondem às duas perguntas mais óbvias de 2010. Vou colocá-las aqui para posterior conferência:
  • O Brasil será o campeão da copa, a Espanha corre por fora;
  • Dilma será eleita presidente.
Para mim parecem previsões meio óbvias, típicas de quem está com medo de errar. O jeito é voltar aqui no ano que vem e fazer uma análise mais profunda.

Lembre-se que o ano novo só será feliz se nós fizermos por onde. Então que mereçamos um feliz 2010.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Visões de Brasília (VII)


Lembram da foto que eu tirei do alto de um penhasco há alguns meses atrás?

Agora tirei uma da posição opsta ao entardecer.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Vergonha alheia em sua plenitude

Troféu "joinha, joinha" pro Luan né não Brunelli?

Dia de Natal é um dia que nem as padarias e os supermercados 24 horas abrem não é mesmo?

Não, não é.

Tanto eu como a Renata, minha amiga, nos recusamos a passar o Natal na morgação total. Tá certo que de dia fomos almoçar na casa da minha tia o almoço tradicional do dia 25 - as sobras da ceia - mas depois, de noite, decidimos sair para ver se havia alguma coisa na cidade. Encontramos o Blues Pub aberto, mas como era cedo ainda resolvemos ir comer primeiro. Aí batemos numa pizzaria rodízio aqui mesmo em Taguatinga.

Depois de sermos (mal) servidos, eis que adentra no recinto uma piada pronta: Júnior Brunelli.

É óbvio e evidente que tal presença chamou a atenção de todos os presentes na pizzaria, as pessoas chegavam a ficar pescoçando no pórtico que dividia os dois salões do local, sendo que vossa excelência se postou lá no fundão. A única coisa que me limitei a fazer (a mesa onde estávamos era a primeira para quem entrava) foi sacar o celular e mandar pro twitter: "Estou na pizzaria D'lanonna e entrou agora o Junior Brunelli. Pelo visto a CPI ja acabou".

Depois de tudo acabar em pizza desistimos do Blues Pub por acharmos que as redondezas estavam muito perigosas. Rumamos para o Plano em busca de algo aberto e funcionando. Só encontramos o Mont Sion.

Vou ser sincero com vocês. Nesta ocasião presenciei uma das cenas mais deprimentes que eu já vi na minha vida. Passava nas TVs do bar não o Roberto Carlos vivendo esse momento lindo pela enecentésima vez, mas um DVD de um cantor sertanejo que nunca havia ouvido falar até aquele momento, um tal de Luan Santana, e graças a Deus todas as TVs estavam inaudíveis.

Porém as legendas estavam lá para denúnciar o teor das músicas e das rimas ricamente elaboradas. Ai chegou um momento bizarro: uma música daquelas preparadas a toque de caixa, mas que inseriram no meio da letra nomes de marcas de bombons e chocolates(!) como Serenata de Amor, Sonho de Valsa, Diamante Negro, Talento, Bis, Prestígio, etc. fazendo trocadilhos infames. Mas nada supera a cena em que uma fã(?!) sobe no palco e o cantor abre um bombom e se oferece para botar na boca da menina. Quando a mesma se aproxima ele afasta o bombom como quem estivesse colocando ua cenoura na frente de um burro e...

Já chega, eu vou poupá-los dos resto dos detalhes sórdidos porque sinto vergonha alheia só de ficar lembrando dessa cena deprimente. E aí eu me pergunto, vale a pena passar um ridículo desses por causa de um ídolo? Ou pior, dá pra abstrair algo de aproveitável em alguém assim a ponto de se tornar fã? E não é pouca gente não, pelas cenas do DVD o cara estava cantando para uma enorme multidão de fãz histéricas como a que subiu no palco para ser "pescada".

Está aberto o debate e, principalmente, a reflexão.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Serenata eterna


Custei a recuperar minhas forças e arranjar inspiração para voltar a escrever aqui no blog porque tinha um dever "moral e cívico" de falar alguma coisa sobre a Serenata.

Mas dizer o quê depois do texto da Bia?

Sei lá, às vezes copmplementar, já que fui citado.

Se um dia a Serenata de Natal precisaria passar por privações, este dia chegou já há algum tempo. É besteira esconder que o coro minguou de uns anos pra cá - quando eu entrei enchíamos cinco ônibus, hoje dá pouco mais que um - e por conta disso o grupo precisou muitas vezes se adaptar à nova realidade.

Aliás, adaptação é a palavra que deve nortear quem estiver a frente da mesma daqui pra frente, mesmo que o coro volte a engrossar.

Com certeza o que mais me marcou na edição deste ano foi, de uma hora pra outra, me ver à frente dos ensaios passando a música aos coralistas, ou conduzindo os mesmo durante uma apresentação: muitas diga-se de passagem. E fiz tudo isso admitindo que não me considerava pronto para assumir tal responsabilidade.

Independente das muitas pedras nas quais tropecei nesta epopéia serenatal posso dizer que este foi um ano de muito, mas muito aprendizado mesmo. E de engrandecimento como pessoa. Aprendi a me relacionar melhor com as pessoas e a buscar a última energia que está lá no fundo de todos nós para que nunca desistamos de nossos desejos.

Reger a Serenata para mim foi muito mais do que mexer os braços, foi um exercício de motivação.

Acabei ficand omarcado pela insistência em colocar Bom Natal no repretório da apresentação toda vez que eu ia lá pra frente, mas é como eu disse, é uma música linda, que sempre me marcou e que traz uma emoção que eu sempre queria passar para todos, coralistas e platéia.

Só no último dia me decepcionei, me decepcionei porque não pude agradecer a todos aqueles que fizeram desta uma Serenata vitoriosa, resiliente. Me decepcionei também porque nenhum elogio era suficiente para demonstrar o carinho que eu tinha por todas aquelas carinhas sorridentes que nos ajudaram a tornar aquele momento realidade.

Pra variar, na última quadra, não contive o choro ao cumprimentar todos aqueles que estiveram junto da gente nos últimos quatro meses, porque para a maioria seria o último cumprimento do ano - depois só em agosto do ano que vem e olhe lá.

Agradecimentos? Deixa eu ver... Aos colegas de organização (Artur, Juliana, Nilo e Simone, além do Léo e da Dal), aos colegas de regência (Dashiell, Gabriel, Karen, Moisés e Ronaldo) e a todos os coralistas que foram bravos nos grandes momentos e compreensivos nos difíceis.

Muito obrigado por este Natal!
E muito obrigado por esta chance de viver para ver outro Natal!
E nos trinta anos cantem conosco!

Eu vou estar lá, e vocês?

Quem quiser ver a galeria com as fotos das carinhas da Serenata clique aqui.
Como não couberam todas numa página só coloquei algumas na página do ano passado. Depois unificarei as duas.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Licença


O blog está em um recesso temporário enquanto o autor estiver participando da Serenata de Natal.

Estaremos de volta assim que minha rotina (e minhas noites de sono) voltarem à normalidade.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Dilbert - Política

Dilbert ©2006 Scott Adams, United Feature Syndicate, Inc. - http://www.dilbert.com

Essa é para aquelas que são contra manifestações só porque atrapalha o trânsito e interrompe a rotina.

No Brasil parar o transito não pode. Cobrar propina por favorecimento em contratos e licitações pode.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Fim da ocupação

Fotos: Rafael Targino/G1

Recebi, meio consternado, a notícia de que a Câmara Legislativa foi desocupada pela polícia nesta terça.

Digo isto porque tinha esperança que assim, quebrando o protocolo, poderia ocorrer alguma mudança radical assim como ocorreu na UnB ano passado contra o Timothy. Aquela ocasião se tornou um marco revolucionário na gestão da universidade.

Agora que os manifestantes saíram os distritais já ligaram o forno para assar a pizza. Já há vários esquemas armados para pôr panos quentes na história do mensalão do DEM.

Aliás, é o próprio DEM quem vai de certa forma definir os rumos da política brasiliense a partir da decisão que será tomada amanhã. Se acontecer qualquer coisa que não seja a expulsão do Arruda pode ter certeza que todo mundo vai ser absolvido e que não vai rolar nem CPI nem processo de impeachment.

E hoje teve o protesto em frente ao Buriti. Quem diria, a PM aumentou as expectativas dos manifestantes, pena que pra variar baixaram o cacete. Queria ver se fossem manifestantes a favor se rolaria isso.

Foto: Dida Sampaio/AE

As estruturas do poder existentes em Brasília exigem que haja um choque de atitudes inovadoras, como foi a ocupação, para quebrar este sistema deturpado de interesses. os meios legais estão todos contaminados, infelizmente.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sobre hexas, salvações e pancadaria

Foto: Marcos de Paula/AE

A Operação "Salve o Rio" se mostrou bem mais exitosa do que a Operação "Caixa de Pandora". Se na segunda ninguém foi preso nem sequer perdeu cargos ou renunciaram (só sairam as piabas no meio dos tubarões), a primeira conseguiu 100% de aproveitamento. O Flamengo conseguiu seu sexto título e Botafogo e Fluminense escaparam de vez do fantasma do rebaixamento. Com a volta do Vasco para a Série A a alegria do STJD está completa, só falta o Ameriquinha se reerguer graças ao baixinho Romário no seu departamento de futebol (o problema é a distância até chegar à Série A, o clube acabou de voltar da segundona fluminense).

No noticiário da segunda feira, dois episódios foram os de maior destaque. Um obviamente ocorreu no Maracanã, onde o Flamengo venceu o Grêmio e foi campeão. Apesar do time gaúcho ter aberto o marcador tenho certeza que eles não queriam ganhar o jogo, mas fizeram o possível para disfarçar a campanha do "entrega", digamos, se empenhando em campo. Não me convenceram, afinal de contas foram para o Rio com o time reserva e queriam apenas que não ficasse tão feia a situação de ter que perder um jogo de propósito, e isso é possível de camuflar sim, é só vermos o noticiário sobre a máfia das apostas na Europa.

Enfim, não dá pra ficar fazendo prognósticos em cima de suposições, só posso parabenizar o Flamengo pelo seu sexto título nacional. Pelo menos quebrou a hegemonia paulista que vinha desde 2004.

O outro evento pode parecer que não tem nada a ver com o que acontecia na capital carioca mas pode ter a ver com a Operação citada acima. O quebra-pau generalizado que arrasou o Couto Pereira depois da partida entre Coritiba e Fluminense é extremamente condenável, porém tenho quase certeza que os baderneiros que invadiram o gramado querendo bater em todos que viam pela frente não estavam revoltados apenas com o desempenho do time, com certeza em algum momento passou pela cabeça oca desse povo que fizeram de tudo para evitar que outro time carioca caísse de divisão. Talvez se o time que estivesse em campo contra o Coxa fosse de outro estado ou se a briga contra o rebaixamento também não o fosse contra times cariocas a pancadaria, acredito eu, não teria acontecido.

Foto: Valterci Santos/Agência de Notícias Gazeta do Povo

O tamanho do destaque que a mídia nacional dá para os times cariocas quebra o princípio da imparcialidade (conforme já havia descrito aqui) e, pelo menos por esta semana, ficará mais insuportável ainda. Cabe aos outros estados, principalmente seus clubes, acabarem com este complexo de inferioridade e acreditarem que podem, de maneira organizada e empenhada, fazer frente ao eixo Rio-SP. Ou não poderão se queixar depois.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Uma foto que diz muita coisa...

Foto: Breno Fortes/CB

... sobre a mediocridade do eleitor brasiliense.

É o homem da multiplicação dos panetones e o homem do bezerro de ouro.

Resumindo, não apoie um por causa do outro. Ajude a execrar de vez os dois.