quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Orgulho candango

Tentei encontrar uma imagem de uma bandeira real mas não encontrei nenhuma, de modo que vai a da Wikipedia mesmo.

Brasília completou cinquenta anos em 2010, será que já é possível descrever características típicas tanto da cidade como das pessoas que a habitam? Vários e-mails já circularam com características, mas sempre falando de coisas mais abrangentes, relacionadas com o dia a dia, nada que fosse o suficiente para que surgisse o estereótipo que caracterizasse o brasiliense típico.
Imagine como é um típico carioca. Agora um paulista. Agora um mineiro. Agora um gaúcho. Agora um baiano. Agora um cearense. Agora um brasiliense. Provavelmente uma imagem surgiu na sua cabeça em todos os casos. Todos? Tenho quase certeza que na hora de imaginar um brasiliense você fez força e não conseguiu. O brasiliense ainda é uma figura amorfa numa cidade que ainda recebe levas e levas de pessoas que se mudam para cá pelos mais diversos motivos. E até mesmo a cidade se mostra essencialmente heterogênea quando se analiza seu povo, pode comparar até mesmo entre os aspectos físicos dentre as cidades do DF: não temos uma cidade uniforme.

Entre os que nascem aqui são bem poucos ainda os que tem pais e familiares nativos, a maioria esmagadora tem pais nascidos em outros estados e acabam se influenciando pela cultura de outros estados, notadamente gaúchos, mineiros, pernambucanos e até mesmo paraenses, entre outros. Isso resulta num povo que não se enxerga como brasiliense além do que está registrado na certidão de nascimento. São descendentes, não nativos, tal qual aqueles que tem sobrenomes estrangeiros incomuns e se ocupam em fazer árvores genealógicas atrás de antepassados nobres (leiam-se europeus não ibéricos, de preferência teutônicos e/ou italianos).

Outro fenômeno que percebo é que aqueles que nasceram aqui se sentem inferiores àqueles que nasceram em outros estados e vieram para cá. Quem veio trouxe um sotaque, uma cultura, alguns hábitos e coisa e tal. Quem mora aqui e nasceu aqui não tem quase nada do que se orgulhar, não ostenta bandeira no carro, camisetas estilizadas, frases de efeito, nada, tem até vergonha pois nasceu na terra dos corruptos.

Este é outro fenômeno. Brasília é terra de corrupto e de marajá que ganha salário alto trabalhando para político. Esta é a imagem que os que moram em outros estados tem de Brasília - a ilha da fantasia. E não há mais como argumentar com antigamente quando se dizia que os corruptos vinham de outros estados para trabalhar aqui: lembram do mensalão do DEM e de todas as imagens e acontecimentos subsequentes? Fizeram os que aqui nasceram e moram (e votam) morrer de vontade de enfiar a cabeça no buraco de tanta vergonha.

Até mesmo no cenário político, não há ninguém que defenda a cidade com a veemência de quem defende uma bandeira, um povo, mesmo porque quem é esse povo? Como falei acima ele é amorfo, não tem cara, não tem alma. Acorda, trabalha, almoça, janta e dorme, todo santo dia. Não cria, consome tudo modelado e gerado em outros centros, é acomodado. Sua única iniciativa é fazer concurso, aliás, esta é a temática que domina o papo dos nativos hoje em dia.

Para que o brasiliense comce a se reconhecer e a se afirmar como tal a meu ver seria necessário que o cenário cultural, artístico, a princípio, saísse desta pasmaceira generalizada. E para que isto aconteça as pessoas devem iniciar um processo de saída da inércia, buscar e pensar iniciativas inovadoras para agitar a cidade e conquistar o interesse da classe proletária. Outras esferas como a esportiva e a política também serviriam de catalizadores para iniciativas de autoafirmação.

Não cabe a mim, obviamente, exigir que estes fenêmenos aconteçam: eles devem ser espontâneos. Acho até que as pessoas se reconhecerem como candangos é o primeiro passo para que surjam a alma característica da cidade, mas uma alma forte e que faça com que as pessoas não tenham mais vergonha de dizerem que nasceram aqui. E sim, apesar da denominação "candango" ser utilizada para aqueles que foram pioneiros na cidade (tem gente que briga se usar essa palavra em vão) defendo que ela seja estendida e aceita como gentílico de Brasília. A expressão está eternamente associada a capital federal e tem até ares mais épicos do que "brasiliense". Além do mais cidade nenhuma no mundo é definitivamente finalizada, está sempre em formação permanente, de modo que todos que aqui moramos trabalhamos para fazer um pouco mais da cidade e para a cidade. Ela é dinâmica, nunca para, nunca se finaliza.

Então somos sim candangos, e devemos ter orgulho de "construir" uma cidade como esta a cada dia.


Uma boa iniciativa é a do cartunista Gomez. Todo sábado ele tem publicado tirinhas com cenas típicas da cidade. Já é um começo. Dá pra matar um pouco da saudade do Eixinho.


Criação sumida de Humberto Junqueira. Retirada do site do fanzine Dejeto.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Cebolinha cinquentão


Do blog Turma da Mônica Forever

Nesse 24 de outubro, um menininho muito sapeca e extrovertido completou 50 anos. Isso mesmo, cinquenta primaveras.

Em 1960, Cebolinha começou a dar o ar de sua graça e ficou conhecido pelo seu cabelo espetado e sua dislalia (dificuldade de pronunciar a letra "r), em uma tirinha de jornal. Foi baseado em um garoto de Mogi das Cruzes o qual Mauricio conviveu, quando morava na cidade. Esse menino tinha características similares ao Cebolinha que conhecemos.

É um garotinho que adora brincar e se divertir, vive com seus pais, sua irmãzinha e seu cachorro verde, Floquinho, em uma casa no Bairro do Limoeiro. O "Cebô" tem uma "quedinha" pelo poder. Vive fazendo planos para derrotar a Mônica e se tornar o dono da rua, especialmente com seu fiel escudeiro, Cascão. Mesmo que no final das contas, seus planos "infalíveis" falham.



Mas, durante todos esses anos, ele não manteve todas as suas características. Um bom exemplo disso é a sua cabeleira, que já teve mais de 5 fios de cabelo. E, quando surgiu, ainda não desejava derrotar a Mônica, isto porque, caro leitor, ela ainda não existia. Nosso amiguinho é três anos mais velho do que ela.

Porém, desde que ela apareceu (a primeira vez foi em uma tirinha do próprio Cebolinha) ele já levou sua primeira coelhada!

Mesmo não sendo o personagem mais antigo, é um dos mais queridos e conhecidos pelo público em geral. Ao longo dos anos, foi acumulando muitos amiguinhos no bairro do Limoeiro e outras tantas aventuras junto deles, dentro dos gibis, livros, desenhos animados, longa-metragens, teatro entre tantos outros meios.


Junto com outros companheiros, ganhou a sua versão jovem em 2008, junto dela, mais cabelo e graças a sessões com uma fonoaudióloga, agora consegue pronunciar todos os "r". Isto é... Quase sempre.

E na Turma da Mônica Jovem, Cebola (como prefere ser chamado) abandona as tentativas de se tornar o dono da rua e fazer nós nas orelhas do inocente Sansão e passa a fazer planos para dominar o coração da Mônica. Os dois não namoram oficialmente, mas já deram os seus beijinhos.

Durante sua vida, cativou milhares de pessoas, fazendo com que seus fãs deem muitas risadas com as suas peripécias. E ainda fará outras tantas rirem e apreciarem suas histórias. Parabéns, Cebolinha! Desejo mais 50 e 50 e 50 anos de conquistas maravilhosas.

sábado, 23 de outubro de 2010

Pelé 70


Quem vive hoje acompanhando no noticiário a eminência parda que Pelé representa hoje em dia não conseguirá nunca ter a noção exata do que este homem representou para o futebol. Está acima destes que rapidamente se deslumbram com a fama e acabam se perdendo no limbo.

Os que chegam jovens ao século XXI como eu só podem comtemplar o grande jogador pelas imagens de um tempo em preto e branco como a camisa do Santos que ele dignamente representou por tanto tempo, mesmo assim é impossível não se deslumbrar com o mito. Imagine como foi para aqueles que puderam ver ao vivo e a cores.


Parabéns ao Rei.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Os intocáveis


Esta vai para a série "porque que eu nunca havia parado pra assistir esse filme antes?"

Ontem assiti o clássico dos anos 80: "Os Intocáveis" filme que conta a trajetória de Eliott Ness (Kevin Costner) na tentativa de captura de Al Capone (Robert de Niro). Não fica muito atrás de cenas de "Tropa de Elite" e conta "somente" com trilha sonora de Ennio Morricone, autor de trilhas de vários clássicos que envolvem mocinhos e bandidos com tiroteio pra todo lado (sim, e Western Spaghetti também).

E tem Sean Connery, como poderia deixar de citar?

Enfim, fiquem com a trilha sonora do filme para ver se desperta em vocês a vontade de (re)ver o filme.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Stand-up comedy


Nas últimas semanas saí desandando a soltar piadas sobre a candidatura da Dona Weslian via twitter e a retuitá-las quando vinham de outras pessoas. A maioria delas se referia à participação da candidata em debates como uma apresentação de stand-up comedy.

Mas sempre me perguntava: afinal o que raios é uma stand-up comedy?

A definição eu já sabia qual era: o cara se apresenta no palco sozinho e em pé e fica fazendo chistes com fatos e coisas do cotidiano. Olhando assim não parece nada diferente de qualquer conversa de botequim onde os convivas depois de chegarem ao fim da primeira garrafa já se sentem mais soltos para rir da vida. Mas só saber o que significa o termo não adianta de nada, afinal o termo e o tipo de espetáculo entrou definitivamente na moda sendo amplamente divulgado principalmente por humoristas como os do CQC e por novos personagens da cena teatral, então algo de diferente haveria de existir.

Ontem foi o dia de tirar a prova quando recebi o convite para a Terça Comédia da Eighties Pub (sim, rola toda terça-feira) e ontem a atração principal seria o redator "global" de programas como A Grande Família e Os Caras de Pau, Cláudio Gonzaga. Além disso haveria o grupo Falando Nisso que, conforme disseram eles, se apresentam lá toda terça logo já devem ser figurinhas carimbadas do local e conhecido dos frequentadores habituais.

A apresentação não pode servir sozinha como parâmetro para avaliações do gênero, mas confesso a todos vocês: Ri, ri muito, até doer a barriga e ficar com dificuldades de respirar e digo com segurança que não me lembrava qual teria sido a última vez que isto teria me acontecido. Se a média de qualidade da apresentação do grupo for aquela que se vislumbrou ontem a atração semanal é recomendadíssima. Só fica o alerta para a facada que é a consumação dentro do local (uma long neck custa R$ 5,00, fora o couvert de R$ 10,00).

E uma noite como a de ontem ganha um tempero todo especial com uma companhia tão maravilhosa como a da Thuanne.

Eu e Thuanne


Pretendo agora ficar mais atento quando houver atrações do tipo para ter a exata noção do movimento, mas a proposta ficou bem mais clara e permitiu que eu a compreendesse e a aprovasse. Mas em palavras não dá para definir direito, só vendo mesmo. E vou maneirar nas piadas com relação a Dona Weslian para não ofender os comediantes.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Política e religião

Fotomontagem: Microcontoscos

De novo e novamente. Conseguiram de maneira mais forte do que na eleição anterior trazer à tona velhos preconceitos que se guardam por correntes políticas, e como na eleição anterior usa-se a religião com objetivos políticos. A diferença é que desta vez a questão virou o tema principal do discurso dos candidatos. Se em 2006, à luz da repercussão d'O Código Da Vinci, se falava de uma atuação secreta da Opus Dei na campanha (inclusive acusando Geraldo Alckmin de fazer parte da prelatura) agora o tema do debate se reduziu ao fato de a candidata Dilma Rousseff (e todo o PT por tabela) ser favorável ao aborto.

Como jornalista é uma espécie que não sabe ser plural na temática - já que é polêmica que dá audiência - vários outros temas ficam escanteados como política externa, sistema carcerário, infraestrutura, entre outros que não dão ibope e nem tiram o ibope do adversário. E isso toma uma proporção perigosa quando nos lembramos que vivemos num estado laico, que o é assim porque o estado deve servir a todos independe da escolha da crença religiosa.

E o melhor (ou pior, dependendo do ponto de vista) é ver os candidatos irem a templos, igrejas e afins para tentar conquisar a simpatia dos fiéis, uma forma eficaz na cabeça do candidato já que para eles reuniões e declarações de apoio de líderes religiosos é garatia de que quem frequenta aquele templo vai votar em quem o líder indicar. É como conquistar votos no atacado, bem mais eficaz do que ficar indo de eleitor em eleitor pedindo votos.

Ontem, no debate da Band em que a candidata Weslian Roriz não compareceu, o candidato Agnelo Queiroz acabou por ter que passar por uma sabatina, e aí os jornalistas presentes puderam variar o tema. Se tivesse algum candidato ali dividindo a bancada com Agnelo fatalmente o debate acabaria descambando para a troca de acusações mútuas. Felizmente fomos salvos disso.

Diante de todo este cenário em que políticos estão mais preocupados em vencer e ter poder do que com os temas nacionais que necessitam de posicionamento e atenção, o humor impera e se esbalda como sempre faz com todo tema polêmico e de grande repercussão. Mas não me surpreenderia se a cabine de votação fosse mesmo como na foto acima.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Charges proféticas

Já que levantaram o tema lá vai:

Charge: Angeli

Porque é com isso que marqueteiro político se preocupa.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Orkutização (ou “O preconceito sobre a inclusão digital”)


Do site Web Diálogos.

Já tem certo tempo que essa não me entra, mas não importa o período, não importa o grau de instrução, sempre escuto alguém falar que o Twitter e o Facebook estão sofrendo uma “Orkutização”.

Existem dois pontos de vista. Um preconceituoso e outro mais preconceituoso ainda. Um relata o movimento em que os usuários do Orkut começam a descobrir outras redes sociais (usadas majoritariamente pelas classes A e B no Brasil); o outro é o desprezo por esse movimento. Basta dar um click aqui e observar o que estão comentando.

De qualquer forma, a orkutização é geralmente vista do ponto negativo, como se “as massas” menos favorecidas estivessem “invadindo” um território virtual (qualquer comparação com a invasão das favelas não é mera coincidência). Entretanto, essa análise deve ir um pouco mais fundo e levantar o seguinte questionamento: desde quando o orkut se tornou “orkutizado”?

Lançado em 2004, a principio o serviço só funcionava em inglês e logo se tornaria reduto das classes A e B do Brasil. Mas a “orkutização” do Orkut começaria em Abril de 2005, quando o serviço ganhou uma versão brasileira. Percebamos: a orkutização trata-se, na verdade, de uma “Brasificação” do serviço, na verdade. E como as pessoas vêem isso como uma coisa negativa?

O senso de exclusividade que levou, na verdade, à “facebookização” dos usuários das classes A e B do Orkut. Estamos vendo, na verdade, um fluxo de fuga, de escape, não um fluxo de chegada ou de encontro. O verdadeiro fenômeno está na saída dos usuários do Orkut para o Facebook e para o Twitter. Pergunta: quando o Facebook e o Twitter terminarem de se “orkutizar”, será que os usuários antigos migrarão novamente?

Devemos pensa lembrar que a internet “carrega em si a premissa de ser um meio capaz de incluir e abranger todas as expressões culturais, justamente por ser uma rede global de acesso aberto num sistema em que a mente humana assume o poder de produção.”(Castels, 2002). Pierre Lévy (2007) defende também que as tecnologias de Inteligência Coletiva não seriam privilégio das elites, uma vez que os meios seriam democratizados pelos baixos custos de produção e pela facilidade de uso. Devemos parar de ver a “orkutização” como um acontecimento ruim. Para mim, o ruim é a “facebookização” e “twitização” dos usuários antigos.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Notas sobre as eleições

  • Fui convocado novamente para trabalhar nas eleições sendo "rebaixado" para segundo mesário, sendo escalado para minha própria seção. Fui premiado com um dia em que em nenhum momento minha seção deixou de haver fila, e fila em eleição é sinônimo de confusão entre os eleitores. Graças a Deus eu não estava lá nas horas em que o quebra-pau rolou.
  • Andando pela madrugada do dia anterior descobri o modus operandi dos "militantes de aluguel" dos partidos para driblar a fiscalização de boca de urna: eles passam de carro na frente dos colégios eleitorais e jogam na rua as colas e santinhos do candidato. Alguns chegam a parar e jogar os papéis por cima do muro para cair dentro da escola. O resultado nós vimos quando chegamos para iniciar os trabalhos - o local estava uma imundície. E o pior é que muita gente ainda pega o santinho no chão e vota no porcalhão.
  • E acabou que terei que estar lá de volta no dia 31. Está confirmado o segundo turno tanto na disputa para presidente como para governador. Mas Dilma e Agnelo, com uma margem de votos folgadas não precisarão fazer muito esforço para serem eleitos. Aliás é até melhor que não façam muita força mesmo porque dependendo o efeito pode ser é negativo, ou seja, eles poderiam perder votos. Dilma é quem mais deve se preocupar pois terá a Veja, Folha e Estadão em seu encalço.
  • Já no Distrito Federal não há cientista político que arrisque qualquer prognóstico sobre a situação da eleição para governador. É fato que a substituição de Roriz por sua mulher é um fato novo e por isso mesmo não se sabe como será seu desempenhos nestas semanas de campanha. Mas do lado da campanha de Agnelo, mesmo com a votação confortavelmente inédita, é inevitável a ressureição de fantasmas do passado como o de 1998 quando Cristovam perdeu a eleição para um Roriz que criou um tipo humilde e ignorante para quye a massa beneficiária de lotes se identificasse com ele, ou seja, cair matando em cima de Dona Weslian pode ser um suicídio eleitoral. Agora que a campanha entrou no segundo turno toda cautela é necessária, mesmo se sabendo que só uma besteira enormemente monumental tiraria os votos que Agnelo conquistou no primeiro turno. Mas nunca se sabe né?
  • Na votação legislativa tivemos recordistas e quase recordistas. Para o Senado vitória folgada de Cristovam e Rollemberg, enquanto Abadia - mesmo que não fosse impugnada - não chega nem perto da vaga, sendo ultrapassada inclusive pelo seu companheiro de chapa Alberto Fraga. Na câmara federal o time do Lula deu um banho no time de Roriz: emplacou o deputado proporcionalmente mais votado do país e elegeu mais quatro junto com ele, enquanto o lado azul será representado pelos nanicos PMN e PR - ainda que uma destas vagas seja de Jaqueline Roriz acende-se o alerta em PSDB, DEM e até mesmo no PSC que não conseguiu eleger o escudeiro de Roriz, Laerte Bessa.
  • E a nova Câmara Legislativa ao que tudo indica vai ficar cada vez mais com cara de castelo de luxúrias. Houve um vento de mudança? Sim, houve, tão forte quanto uma criança de 4 anos soprando uma velinha de aniversário. Em resumo: com Agaciel Maia, Aylton Gomes, Benedito Domingos, Celina Leão, Liliane Roriz, Raimundo Ribeiro e cia. ilimitada preparem-se para mais um show de horrores nesta legislatura. E como desgraça pouca é bobagem o resultado está sub judice: o resultado final pode mudar dependendo da aplicação ou não da lei da ficha limpa e a entrada ou não dos votos de Benício Tavares.
  • E no resto de pindorama registre-se a lastimosa escolha dos paulistas pela figura de Tiririca para representá-los na Câmara, sua campanha foi tão engraçada quanto ridícula e mostrou o cúmulo a que chega o tal "voto de protesto" ao eleger um semi-analfabeto para um cargo tão importante. Rio de Janeiro e Paraná, não ficaram tão atrás ao elegerem Wagner Montes e Ratinho Júnior respectivamente. Enquanto no Nordeste figuras como Tasso Jereissati, Heráclito Fortes, Marco Maciel, Fernando Collor, César Borges, entre outros são reprovados nas urnas. Assim como Luciana Genro, que foi a oitava mais votada para deputado federal no RS mas não levou a vaga por conta do quociente eleitoral. Terra de contrastes.
  • Agora fiquemos na expectativa pelos debates. Eu particularmente fiquei com pena do Agnelo que não vai ter mais pra quem jogar a bomba de ter que perguntar alguma coisa a Dona Weslian.