terça-feira, 30 de março de 2010

Troféu Imprensa x Melhores do Ano

Houve um tempo em que isto era levado mais a sério.

Achei este texto interessantíssimo que havia percebido algo que eu já havia notado desde já há alguns anos. Há uma competição aberta entre Globo e SBT para ganhar a preferência do telespectador quanto à credibilidade de prêmio a ser dado aos "destaques do ano" na televisão brasileira. Do lado de Sílvio Santos há o Troféu Imprensa e do lado da família Marinho há o Melhores do Ano.

Faustão apresenta a premiação global com a pretensão de quem anuncia de maneira egocêntrica e desrespeitosa os melhores "da televisão brasileira", porém o clima visto ali é o de uma confraternização corporativa de fim de ano afinal, fora os cantores, só há ali contratados da emissora carioca. Aliás os cantores só estão ali porque emplacaram algum sucesso em alguma novela, ou seja, nem isso escapa da pretensão monopolista da Globo.

Mas o outro lado da batalha não tem motivos para questionar. O Troféu Imprensa é tradicional, é verdade (existe desde 1958 e Sívio tem os direitos desde 1970) mas o Homem do Baú também tem tempo que puxa a sardinha para seu lado, não chega nem perto do que a Globo faz mas o critério de escolha por jurados ali na hora é tão ultrapassado quanto os que participam do sufrágio - entrem no site que vocês verão. Se Sílvio não se cuidar o prêmio pode acabar virando uma Série B de premiação.

Enfim, o quadro só evidencia o quanto a briga pela audiência e por uma supremacia fantasiosa acaba por revelar o quão desunida é a televisão aberta brasileira. Se alguém quer credibilidade o certo seria alguma associação de classe (tipo a Abert, sei lá) promover a premiação que fosse e ficando a cargo dela escolher quem merece ser laureado independente de onde esteja trabalhando. Agora a continuar neste clima de desconfiança de ninguém querer dar audiência a outra emissora (coisa que um pool de transmissão resolveria fácil) acaba-se parafraseando os Titãs - cada um por si e Deus contra todos.

P.S.: Um ponto para o Troféu Imprensa só pelo fato de os Melhores do Ano terem premiado Luan Santana como cantor revelação.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Aqua Teen - O Esquadrão Força Total - 1ª Temporada


O [adult swim] (sic), apesar de ter sido um bloco do Cartoon Network, pode ser considerado (pelo menos para mim) como um projeto inovador.

Para quem não conhece a proposta era ter um horário reservado para desenhos voltados para o público adulto, mas sem utilizar de apelação, sexo ou violência, apenas de humor gaiato, politicamente incorreto (sem preocupações) e zoação com clichês e fórmulas prontas do humor de desenho animado, digamos, convencional.

Dentre os desenhos que fazem (ou faziam, pois nunca há uma regularidade em sua exibição) parte do bloco o destaque fica por conta do Aqua Teen Hunger Force, que por aqui ficou como Esquadrão Força Total, desenho que não tem preocupação nenhuma em fazer sentido, apenas em fazer rir com seus personagens - Mestre Shake, Batatão e Almôndega. Em todos os países por onde o Adult Swim passou o desenho se mostrou o principal destaque.

Aqui estarão disponíveis os episódios da primeira temporada, embreve colocarei os da sequência.

1 - O Coelhobô


2 - A Fuga de Duendópolis


3 - O Ônibus dos Mortos-vivos


4 - O Ataque dos Luanitos


5 - Balãonenstein


6 - Conflito Espacial Além de Plutão


7 - Pinguinho


8 - A Vingança dos Luanitos


9 - MC Mijado


10 - Circo


11 - Dias Debilóides


12 - Ame a Múmia


13 - Bonecos Idiotas


14 - Interfecção


15 - Maus Replicantes


16 - PDA


17 - Noiva Pelo Correio


18 - Fantasma Cibernético do Natal Passado

sexta-feira, 26 de março de 2010

O tal abraço contra a intervenção...

Iano Andrade/CB/D.A Press

...deveria se chamar Abraço dos Engravatados se Pelando de Medo com a Intervenção.

Só tem gente alinhada nesse protesto é? Cade o apoio do povo? Cadê o apelo popular?

Sobre o Caso Isabella

Só levando a situação pelo lado do humor para poder aguentar essa maratona jurídica.













E continua, até aparecer outro caso...

terça-feira, 23 de março de 2010

Intervenção sim, E JÁ!

Pablo Valadares/Agência Estado/AE

Mas este título foi escolhido apenas para chamar mais a atenção e para ser curto e grosso sobre a minha posição sobre este assunto. O título poderia ser também, parafraseando (e "homenageando") a persistência do Correio Braziliense:

Porque sou A FAVOR da intervenção.

Estou escrevendo isto por aqui obviamente por estar de saco cheio de toda esta campanha altamente imparcial do referido jornal e também pelo mesmo estar incentivando as pessoas a "participar do debate" sobre o assunto, no melhor estilo Veja (eu faço juízo para você que não tem tempo para fazê-lo).

Agora o mote da cruzada associada é a convocação para um abraço ao prédio do STF contra a intervenção. Não vejo ninguém se mobilizando para tal nem sequer comentando ou debatendo nos canais disponíveis para tal no mesmo fervor de quando começou a ser deflagrada a Operação Caixa de Pandora. O "debate", assim como o "movimento" está restrito - e isto pode ser notado em qualquer das reportagens do Correio - a políticos e juristas que são consultados pelo jornal a das a sua opinião, e o mais engraçado é que não se vê ninguém dando opinião defendendo a intervenção como se esperaria de um veículo de counicação que se apresenta como isento.

Quanto ao interesse do Correio no assunto o único que consigo imaginar mais diretamente é o fato de algumas das empresas de comunicação pertencentes aos Diários Associados serem de propriedade de Paulo Octávio. Ou seja, é o pavor da perda do poder e da influência - não tanto do PO mas de aliados da trupe do panetone.

Gostaria inclusive de saber de pessoas ligadas ao Movimento Fora Arruda qual é a posição dos mesmos quanto ao assunto.

Deixando os interesses escusos do CB em temer tanto a intervenção, o que ele tem utilizado como argumento é o mesmo tom de ameaça utilizado pelos correligionários de Arruda para buscar apoio: O clássico "se houver intervenção as obras vão parar, a cidade vai ser engessada, etc." e a novidade "Brasília vai perder sua autonomia política, a câmara tá funcionando direitinho" e por aí vai.

Cãmara funcionando direitinho é uma coisa que eu sinceramente nunca vi desde que ela existe, ela só acordou pra vida e resolveu acelerar os processos contra os envolvidos no escândalo justamente por conta do malvado fantasma da intervenção, e se não fosse isto Arruda estaria por aí livre, leve, solto e governando. Essas de obras parando nós já estamos presenciando, serviços públicos no DF sempre funcionaram em ritmo de lesma.

Agora esse de que Brasília vai perder sua autonomia política, que lutou tanto para conseguir e não sei o que mais é o mais ridículo dos argumentos. Primeiro que intervenção não é eterna, tem a função de normalizar o funcionamento dos poderes da unidade da federação (que ficou bastante comprometido com a debandada de secretários e políticos em cargos afins). E tem mais, uma cidade que elege Roriz e cia. não sei quantas mil vezes dá uma demonstração clara de que é incompetente para votar.

Se alguém mais tiver argumentos para apresentar discutiremos com todo o prazer, mas reafirmo mais uma vez, o assunto precisa ser melhor esclarecido, as instituições estão contaminadas há muito tempo por gente sem compromisso e a imprensa não está fazendo seu papel a contento. Então haja vista tudo que tenho presenciado e lido me posiciono a favor da intervenção, e espero que a população não se contagie com esta chantagem barata que está sendo veiculada.

Publica essa, Correio.

sábado, 20 de março de 2010

Nova sessão - "Clipes do Fantástico" - Alguém me disse


Bom senhores, com a colaboração de Seu Ronca aos poucos vou recheando novamente o blog com músicas especiais (ou não), até ficar parecendo a finada sessão de clipes do Fantástico. Sendo assim está criada a sessão "Clipes do Fantástico".

E o nome está entre aspas porque não necessariamente o clipe passou no Fantástico. Apesar de que o clipe de abertura, esse sim, passou.

E não vou cair na besteira óbvia de colocar o clipe do Raul Seixas para abrir este novo espaço. A música abaixo inclusive vai direcionada diretamente para o Jardim das Rosas Podres.

A música fez parte da trilha sonora de Tieta, o que lhe garantiu um relativo sucesso na época. É uma versão de uma música muito antiga que já foi gravada por diversos cantores tamanha a qualidade da composição dos versos e da melodia - este arranjo mesmo ficou especialmente maravilhoso além de casar certinho (pelo menos na minha opinião) com a voz marcante de Gal Costa.

Com vocês, Alguém me Disse.



Esta música ficou martelando ontem o dia inteirona minha cabeça, deve ser tendência.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Estrela pioneira - parte 2

Este aqui era bem melhor.

Como falei no texto anterior, há aproximadamente 23 anos atrás (no longínquo 1987) fiz uma viagem na mesma rota da de duas semanas atrás (AJU-SSA-BSB), só que na ocasião o modelo de aeronave era semelhante ao da foto aí de cima - um 727-30F da Varig.

Quanta diferença, a gente saía da aeronave com vontade de voltar pra dentro na mesma hora. Não tinha incômodo no ouvido que fizesse a gente se sentir desconfortável lá dentro. Era serviço de bordo de qualidade - e era comida, de verdade. Os comissários esbanjavam simpatia e cordialidade, enfim, coisas que encantam qualquer ser humano. E não sei se podia ou não, pois só tinha cinco anos, mas será que podia levar os talheres pra casa? Se não podia já foi, e destes só sobrou a faca, guardada numa gaveta do armário da cozinha até hoje com o simbolozinho da Varig no cabo, reluzente.

Digite "Varig" no Vocetubo e vocês verão quantos vídeos existem enaltecendo a companhia e sua história, mesmo que tenha alguns capítulos nebulosos como o do fim da Panair. Independente disso a companhia gaúcha sabia como ser imponente e como se apresentar como um símbolo de orgulho nacional, tal como acontece (ou acontecia) com Air France, TAP, Iberia, Swissair, Lufthansa e Alitália em seus respectivos países só para citar alguns exemplos. Também havia a sua identidade visual, que evocava de imediato o eterno sonho do ser humano de voar pelos céus, simbolizado pelo símbolo do Ícaro estampado na parte lateral da lataria.


Eu sinto saudade sim, e não escondo, deste período que citei no texto anterior (de 70 a 90). Naquele ano de 1987 mesmo a Varig completava 60 anos de existência, e por conta disso havia uma campanha publicitária pesada e maciça para celebrar a data, além do recém criado Variguinho, do qual tive vários gibis. Some-se a isso o ano ter sido escolhido o Ano Internacional do Turismo e teremos uma combinação perfeita para quem brilhava os olhos na hora de viajar. Minha experiência na época se limitava ao ônibus, imagina o choque com o contraste do tratamento quando não se está acostumado a ser tão bem tratado.

Mesmo em sua fase moribunda este estilo não cessou. Foi possível até mesmo um comparativo entre Varig e Gol enquanto coexistiram como empresas diferentes. Era evidente que a Pioneira se adequava aos novos tempos mas a dedicação ao passageiro estava ali, e esteve até mesmo um pouco depois da junção das duas empresas.

Tive inclusive o prazer de voar no dia de sua "despedida", em junho de 2006, e digo que viajei sem maiores problemas e de maneira agradabilíssima, por mais que tivesse havido vários problemas com a companhia naquele dia. Por isso o que senti não foi um "adeus" como sentiram os passageiros de Vasp e Transbrasil, foi um "até logo".

Isto é tão mais caro do que barrinha de cereal? Nem deve dar tanto trabalho pra levar dentro do avião.

Quando a Varig quis se adequar já era tarde, as dívidas já eram imensas e a empresa, que corria sério risco de apodrecer como suas antigas contemporâneas, acabou sendo resgatada pelos Constantinos para sucumbir nas mãos da Gol.

Minha torcida é para que a Gol perceba o potencial da marca e procure reativá-la concretamente, e de preferência utilize-a unicamente, principalmente se quiser expandir sua malha internacional - a própria Varig sentiu a força do seu nome quando inventou de mandar aviões da Cruzeiro para os Estados Unidos certa vez. Seria também interessante que, não só a Gol que é a dona da marca, mas todas as atuais companhias revejam algumas das políticas de diminuição de custos em prol da fidelização e identificação dos passageiros (e satisfação, claro), não precisa ser muita coisa, apenas o suficiente para que as pessoas voltar a voar mais por prazer e menos por obrigação, para isto basta trabalhar o atendimento, a cordialidade e a alta qualidade, mesmo que seja só aparente, ou seja, mostrar um mínimo de seriedade no trabalho como se fazia antigamente. Só preço não fideliza ninguém, só faz o povo correr pra onde está a promoção da vez.

Garanto que se a estrela brasileira voltar a voar pujante e firmemente, uma quantidade enorme de saudosistas correrá para os aeroportos para sustentá-la no ar, como o nosso recém desencarnado Glauco retratou.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Estrela pioneira - parte 1

PP-GTU: Até a cor é semelhante.

Seguindo com a temática do dia do consumidor relato aqui a minha última viagem de avião. Foi no avião Gol PP-GTU, um 737-800 que fazia o voo 1715 (Aracaju - Brasília com escala em Salvador). Curiosamente, há quase 23 anos atrás fiz a mesma rota, só que num 727 da Varig semelhante ao da foto acima.

Quem já viajou de Gol sabe bem como é sofrida a viagem. Poltronas duras e muito juntas e que devem reclinar uns 5 centímetros só para dizer que reclinam, pessoas altas como eu sentem inveja das sardinhas. Comissários que atendem com cara fechada e que passam as instruções de voo com a cara nítida de quem já está de saco cheio de fazer aquele ritual toda santa viagem. Um serviço de bordo que era melhor nem servir pois só atiça mais a fome de quem fica mais de três horas sentado sem fazer nada - bolachas salgadas, um cookie e um copinho de refrigerante, tudo com aspecto de amostra grátis de supermercado.

O lema de empresas aéreas hoje em dia, traumatizada por conta de anos de crise no setor, é: cortar os custos ao máximo. Abaixo listarei algumas práticas comuns em empresas que seguem a linha semelhante a da Gol:
  • Renovação constante da frota de aeronaves. Veículos antigos passam muito tempo e gastam muito dinheiro em manutenção, além de neste período estarem paradas, ou seja, sem gerar o lucro das passagens;
  • Padronização da frota, com a utilização geralmente de um único modelo de aeronave (no caso da Gol, 737-800), o que retira a necessidade de mecânicos especialistas em diversos modelos, sem falar nas compras de menos peças;
  • Eliminação da separação por classes, Lênin mesmo dizia, uma classe só simplifica tudo, e sendo todo mundo proletário dá para socar o máximo de poltronas que cabe dentro do avião, ou seja, mais passagens e mais dinheiro;
  • Simplificação do serviço de bordo, o que diminui os custos com alimentos (o que é mais barato, uma barrinha de cereal ou um PF por mais simples que seja?) além de dispensar as cozinhas dentro do avião, dando espaço para mais poltronas.
  • Nada de reservas, se quiser garantir lugar no voo tem que pagar, senão vai ficar no chão;
  • Em vez de rotas muito difusas ligando pontos muito perdidos e com baixa demanda, rotas troncais com conexões se for necessário.
Estas e outras medidas podem gerar uma economia de até 40% nos custos de operação da empresa, o que deve ser considerado do ponto de vista administrativo e que, por conta disso mesmo, é difícil de querer argumentar contra pois permite baixar preços e gerar mais lucros, uma das premissas básicas do capitalismo.

Este tipo de prática é até certo ponto compreensível e até louvável, e quem não se adequou a este novo tipo de gestão sucumbiu como foram os casos de Transbrasil e Vasp (se bem que na segunda a incompetência vai muuuito além disto). Porém algumas destas novas práticas são um pouco exageradas, beirando ao desrespeito e denotando que o importante atualmente não é mais fidelizar o cliente mas ganhar dinheiro a todo custo, e a todo custo MESMO como deu para perceber na descrição da viagem acima. Não custa nada eliminar umas quatro ou cinco fileiras (dá o quê, uns vinte e poucos lugares?) só para aumentar o espaço interno e permitir a colocação de poltronas que reclinam de verdade, além de um serviço de bordo mais atencioso e que sirva algo bem mais substancial (que também não precisa ser uma refeição como era antigamente), além de outros atrativos para fazer com que o cliente se sinta atraído e identificado com a empresa, para até mesmo voltar a ver os passageiros "nesta ou em qualquer outra aeronave da companhia" com mais satisfação.

Viajar de avião, mesmo para quem o fazia com frequência independente do motivo, era considerado um momento especial, tanto que até hoje o setor é visto com um certo glamour, só que o que é idealizado nem de longe se assemelha com o que vemos hoje em dia, e por conta de estar cansado de viajar espremido dentro de aeronaves de empresas comandadas por capitalistas que acham que tranportar gente num avião da Gol ou num ônibus da Planeta é tudo a mesma coisa é que estou fazendo este texto num tom de protesto.

As aeronaves atuais por mais modernas que sejam fazem a gente sentir saudades dos tempos que para muitos são considerados os áureos da aviação brasileira, que compreende o período entre a década de 60 até início da de 90, período do início da derrocada. Foram tempos áureos e que tive a sorte de pegar parte dele mesmo que aos 45 do segundo tempo. E é sobre estes tempos que vou entrar em maiores detalhes no próximo texto.

Se for para andar espremido é melhor viajar no onibusinho que leva a gente até o avião.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O dia do consumidor.

Silvana na época em que teve problemas com o Banco do Brasil: quebra de confiança.

Por Silvana Isabel, jornalista.

Hoje é dia do consumidor. Eu nem sabia, quem me contou foi o amigo Clébio, que me convidou ontem para fazer este texto. Pensei que interessante a coincidência dessa data, atualmente tantas empresas e órgãos públicos estão me enrolando como consumidora que tenho o maior prazer em escrever algo sobre. Aliás, se fosse só eu a enrolada estaria bom, mas milhões passam por apertos como os que venho passando e muitos mais.

Para o texto não ficar grande demais, sugiro que leiam dois posts recentes de meu blog, um deles sobre um simples pedido de informação na empresa de telefonia Oi, e o outro sobre o atendimento da Agência da Receita Federal em Brasília, tanto presencialmente como pelo telefone. Em ambos os casos, eu me senti extremamente desrespeitada como consumidora. Muito chateada, não tive dúvidas: registrei minha reclamação tanto na Oi como na Receita e aguardo as respectivas respostas. No segundo caso, ainda enviei relato do fato a dois sites de reclamação: o Reclame Aqui e o Reclamão. Também enviei à seção Grita Geral do Correio Braziliense e ao Jornal de Brasília.

Ainda bem que aqui no Brasil pouco a pouco o cidadão comum está aprendendo a reclamar mais. Não é uma questão de ser chato, mas sim de reivindicar o direito de ser respeitado e bem tratado como consumidor. Muita gente acha que não adianta nada, mas adianta sim. Em vários lugares, a célebre frase: "Se você não quer resolver isso, vou chamar o PROCON" mete medo em muita gente. Em outros, o "Vou chamar a imprensa" também.

Já fiz tantas reclamações ao longo de minha vida que muitas certamente nem lembrarei mais. Mas, geralmente, faço assim: tento primeiro resolver o problema na própria empresa ou no próprio órgão público. Não deu certo? Envio reclamação ou ligo para as ouvidorias ou similares do "lugar problemático". Ainda não adiantou? Vou conversar no PROCON e ver alternativas viáveis. Dependendo do caso, levo também à imprensa. Acho que meu episódio "reclamão" que teve mais repercussão foi anos atrás, sobre o site do Banco do Brasil que estava fora do ar na data limite de um pagamento que eu deveria fazer. Escrevi ao "Grita Geral" do Correio Braziliense e eles se interessaram tanto pela pauta que acabou virando matéria no jornal com foto e tudo. Depois de sair no Correio, o SBT me procurou para gravar matéria também, num quadro ligado à defesa do consumidor, que havia na hora do almoço. Eu contei o que houve, entrevistaram um dos gerentes do Banco, claro, defendendo o peixe dele, mas para minha surpresa o advogado especialista da área, também entrevistado, deu razão à mim. Só por isso já lavei a alma da situação chata pelo qual passei...

É isso aí, gente: NUNCA deixe de reclamar por nada nesse mundo. Só assim a gente tem esperança de ver os serviços em geral melhorarem.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Homenagem ao Glauco


O blog do Universo HQ está recebendo e publicando diversas homenagens ao cartunista, vale a pena dar uma conferida.

quinta-feira, 11 de março de 2010

O society, a camisa e o Brasão.

No bar do sempre "simpático" Galvão.

Se tem uma coisa que eu quase passei a ter como certa a partir da semana passada foi que eu nasci para viver em climas amenos, mais para o frio do que para o calor.

Estive em Recife durante três dias (da meia noite do dia 26 para o dia 27/02 às 23 horas do dia 01/03), o que foi o suficiente para suar tudo que eu não havia suado por todo o resto do ano. Não sei se foi azar meu mas todos os que eu encontrava por aí reclamavam do forte calor, e realmente no ano passado não me lembrava de ter "entrado num forno a lenha" como foi agora nesta curta passagem.

O objetivo final era ir para Aracaju por ocasião do aniversário do meu pai, mas não poderia deixar de aproveitar a oportunidade e fazer como os muçulmanos que fazem todo ano sua peregrinação à Meca, só que no meu caso a peregrinação é ao Mundão do Arruda. E dei a sorte de ter coincidido com um evento especial, a inauguração do Santa Cruz Soccer.

A inaguração contou com o presidente do patrimonial José Augusto de Paula.

Levei material e tudo para a possibilidade de entrar em algum time para jogar, mas não rolou. Em compensação me empurraram para apitar uma das partidas programadas: das musas corais contra as mães dos meninos do futsal. Sobre meu desempenho como árbitro prefiro não tecer maiores comentários. No fim vitória das musas por 3 x 0.


Depois dos jogos uma recepção mais do que especial: Feijoada caprichada 0800 pra galera e shows musicais da melhor qualidade e confraternizando com os amigos como aquecimento para o jogo de logo mais. Coisas que só acontecem nas Repúblicas Independentes.

Agora uma história engraçada: Não havia levado meião, então recorri a loja do Santa para suprir tal carência. Comprei o último que havia (infelizmente não era o coral) e voltei correndo para o society, mas não antes sem conferir a linha retrô.

Não havia as camisas que haviam despertado meu interesse no cartaz afixado na loja, mas uma camisa me chamou a atenção - era preta, com gola de cordão, o monograma do Santa Cruz em laranja no peito e com o número catorze nas costas alusivo ao ano de nascimento do clube. nada que me chamasse a atenção de imediato, o lance viria a acontecer depois.


Percebi ao longo do dia que muita gente usava aquela camiseta sem maiores chamativos, eu mesmo se fosse usar uma camisa dessas aqui em Brasília ela iria passar despercebida como uma camisa de futebol. E passei a tentar entender qual o fenômeno daquela camisa, ainda reticente em querer ter uma.

E chega a hora de adentrar no Arrudão, as sociais já relativamente cheias e o encontro com os amigos de longa data que não listarei agora para não correr o risco de cometer alguma injustiça ou algum engano. Estádio cheio para Santa Cruz x Sete de Setembro e uma aura dentro daquele estádio que há tempos não sentia. Dentro de campo, festa completa, um gol atrás do outro no primeiro tempo e placar parcial de 4 x 1. A esta altura Ana Maria já me abraça insinuando que eu sou pé quente. Ora vejam! Quem sou eu. Se alguém ali naquele estádio tinha pé quente não era eu, era um cara que tinha o nome tão quente que saiu tendo ele gritado pela torcida - no intervalo e sem ter feito nenhum gol(!). O nome dele? Brasão. Não só incendiou a partida com inflamou a torcida. Agora graças a ele tudo nas bandas do Arruda alude a fogo.

Só no segundo tempo é que percebi que o técnico Dado Cavalcanti, um dos símbolos desta arrancada, estava usando a bendita camisa com o catorze nas costas. Agora sim havia entendido porque é que ela tinha caído no gosto da massa tricolor.

Dado e a tal da camisa.

Fim de jogo. fizemos seis no sete. Reunião dos amigos no Bar do Galvão após o jogo e me dá aquele estalo de comprar a camisa. Quebrei o porquinho (leia-se, contei os tostões que ainda tinha no fim do mês) e corri na loja. Fechada (antes da hora, diga-se), mas não me fiz de rogado e bati na porta, joguei um lero de que tinha vindo de longe só pra ver o jogo e que iria embora no dia seguinte e não sei o que mais e acabei entrando. Peguei, provei e levei num instante. Saí do Mundão e segui para Aracaju com a alma lavada e com a certeza de que aproveitei aquele sábado ao máximo do que era possível.

Meus agradecimentos à Bia (que me levou ao Arrudão), a Marcelo Beltrão (que me levou de volta depois), à Ana Paula e Fernando Roma pela companhia na partida, à Ana Maria pelo seu alto astral durante todo o dia e à turma da Mega Liga, aos irmãos Azevedo e mais uma tuia de gente, além de toda esta torcida maravilhosa e única da qual tenho orgulho de fazer parte.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Minha citação ao Dia da Mulher


Todo ano são feitas inúmeras loas às mulheres no dia 8 de março. Coisa que já ficou comum demais.

Tão comum como todos os textos de hoje em dia que endeusam a mulher pura, delicada e batalhadora e satanizam o homem vil, abrutalhado e ignorante. E ai de quem questionar este maniqueísmo. Machistas, atrasados, invejosos dirão alguns(mas), mas sobre isso discorrerei num momento mais oportuno.

E como é costume deste espaço querer remar contra a maré vou fazer os meus agradecimentos alusivos ao Dia Internacional da Mulher.

Quero fazer um agradecimento especial a todas as mulheres fúteis, falsas, mentirosas e que se acham mais do que os(as) outros(as) (não necessariamente nesta mesma ordem) que em um dia qualquer já cruzaram a minha vida. Elas integram o que eu chamo de jardim das rosas podres, aquelas flores que um dia deveriam ter sido entregues mas não quiseram, não puderam ou não mereciam ser recebidas, então é como se as tivesse jogado num canto até que um dia a dona a pegue para cuidar.

Já quem se interessa em pegar sua rosa sempre a terá bonita e viçosa.

Sim, pode parecer estranho citar mulheres assim, mas se não fossem as mulheres deste tipo não daria tanto valor às mulheres especiais que fazem parte da minha vida, das quais não vou citar nomes aqui por uma questão de privacidade e também para não causar ciumeira caso alguma delas não seja listada aqui.

Apenas me pergunte e eu lhe direi, ou nem isso, talvez você já saiba que é especial.

E justamente por isso já merece os meus parabéns pelo seu dia.

Para aquelas que estão no meu coração as rosas nunca murcham.