quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Eu tive um sonho que durou três dias...


E chega a quarta feira ingrata...

Cheguei ontem da viagem a Recife (e Olinda também, claro). Devidamente recuperado da maratona de carnaval posso relatar que meu carnaval não se resumiu a apenas três dias, e o post anterior é testemunha disso. E como havia afirmado realmente são tantos blocos, tantas músicas, tantas atrações, tantas programações que você fica perdido sem saber para onde ir, e daí posso continuar meu relato que parou na quarta feira quando escrevi o último post:

Na quinta fui chamado pelos meus amigos de Recife a reunir com a turma no Bar de Seu Vital, que fica no Poço da Panela, bairro que conserva ares de cidadezinha do interior mesmo estando encrustada no meio de uma metrópole próximo ao bairro de Casa Forte e às margens do Rio Capibaribe. o bar parece aquelas vendas de interior mesmo, tanto que o lugar de colocar as mesas é só o meio da rua de terra batida pois na calçada não cabe direito, principalmente se a turma for muito grande como foi. Imaginem a "gréia" que foi? E a nota pitoresca foi para as pessoas que estavam indo para uma casa de eventos onde estaria me parece que estaria tocando Lenine. Elas estacionavam seus carros na praça de Casa Forte e iam andando um pedaço bom até chegar lá, todos arrumadinhos a andar nas ruas de terra em meio a uma ameaça constante de garoa.

Na sexta à tarde minha Tia Nice me liga em casa dizendo para encontrá-la no Mercado da Boa Vista, bairro no centro da cidade. Só lá que fiquei sabendo o que rolaria: Um bloco lírico estaria se concentrando para sair. Não me lembro o nome todo, só sei que o povo chamava apenas pelo nome de Lili. E lá encontrei um casal de ex-serenateiros (o Clocks e a Val) e encontrei um colega meu (Kiliano) que disse que outro colega meu (Marcelo Beltrão) havia saído há pouco, mas nada de encontrar minha Tia, isso só deois de uma 3 voltas no pátio apinhado de gente. Porém a chuva veio e tirou o brilho da festa, mas ainda assim teve gente que perseverou e enfrentou o aguaceiro na rua, tudo em prol da folia.

Sábado de Zé Pereira em Recife é sinônimo de Galo da Madrugada, "só" o maior bloco carnavalesco da terra (arrasta mais de 1 milhão de pessoas pelas ruas de centro do Recife). Consegui uma vaguinha no terraço de um hotel na esquina da ponte Duarte Colelho, onde o galo gigante é montado, graças à Tia Nice. Lá apesar de ser confortável é meio agonizante para alguém como eu, pois apesar de ter pagado uma merreca pra ficar num local privilegiado fiquei vendo o povo se espremendo no meio da festa, e sei que lá embaixo mesmo com todos os percalços que existe há sensações que são insubstituíveis e inigualáveis, e que você não sente só assistindo mesmo estando tudo ali na sua cara. É o tal do "tão perto e tão longe". A nota positiva fica por conta de ter conehcido uma poessoa super legal, a Kelly, e pela buzina de gás que comprei na rua pra irritar os rubronegros com o meu pééééém... pé, pé, pééééém... péém, pé, pé, péém, pé, pé, pééééém... (Tri... Tricolor... Tri, Tri, Tri, Tri, Tricolor...).

Domingo foi o dia da primeira aventura nas ladeiras de Olinda. Convite tive de duas pessoas, da Kelly que ficaria numa pousada que serve de camarote e de Anízio, editor e moderador do Blog do Santinha, que acompanharia um bloco que sairia do Alto da Sé. No fim das contas não encontrei nenhum dos dois, mas e daí? Tava lá e o que falava mais alto era a farra da multidão. Conheci uma turma que era metade brasileira metade estrangeira no ônibus e fiquei junto deles certo tempo, aí encontrei Roberto Quental, colega meu daqui de Brasília, de um jeito que é melhor não entrar em detalhes, encontrei a Manu, também de Brasíliae ex-serenateira assim como reencontrei o Clocks e a Val. Eu só sei que pra cada subida e descida era um latão de Skol, de modo que não me perguntem como cheguei depois no Recife Antigo para pegar o bloco Ou Esfola... Ou Arrebenta, onde a turma tricolor se faria presente.

A segunda foi mais light do que o domingo. Mais light e na base do Engov. Passei pouco tempo em Olinda pois tinha firmado um compromisso com meu pai de acompanhar com ele o Bloco da Saudade. "Mas lá é bloco que só dá velho!" E daí? Só porque é um bloco lírico que resgata o charme dos antigos carnavais? Além do mais meu pai tem 74 anos (75 semana que vem) então tá valendo. Quando cheguei o bloco já havia saido e tive que procurá-lo no meio da multidão, ainda bem que a cabeça grisalha dele não é difícil de localizar graças a minha altura. E adivinha quem mais eu encontrei lá? Pois é, o Clocks e a Val. Se fosse conbinado não teríamos acertado tanto de se encontrar heheh.

Já a terça feira gorda tinha que ser fechada com chave de ouro já que só havia a manhã para desfrutar (às 15 já era para eu estar no aeroporto). E isso foi feito na Troça Carnavalesca Mista Ofídica, Erótica e Etílica A Minha Cobra. Mas minha participação foi prejudicada pelo bolo que a orquestra deu no povo, mas depois da turma conseguir acertar tudo A Minha Cobra subiu (a ladeira) e tomou conta das ruas de Olinda matando alvirrubros e rubronegros de inveja. Todo mundo estava doido para segurar A Minha Cobra e a dita cuja ainda apreceu na TV em vários canais.



Enfim, agora escrevo estas linhas em clima de recuperação das energias. E com a lição de que não se deve haver preocupação com o fato de se iremos aproveitar a folia ao máximo. Ela só não será bem "curtida" se a gente ficar parado. Agora é só ficar na cabeça os versos de Luiz Bandeira:

É de fazer chorar
quando o dia amanhece
e obriga o frevo a acabar
ó quarta-feira ingrata
chega tão depressa
só pra contrariar

2 comentários:

  1. Em 2010 eu faço uma viagem parecida e mato a minha inveja... Abraço!

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  2. Bom, eu não fico com inveja pq ñ curto mesmo folia nenhuma de caranval...rsr Mas que bom que aproveitou moço! Tava com saudade de vir aqui e ler seus posts...beijo!

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