sábado, 26 de dezembro de 2009

Vergonha alheia em sua plenitude

Troféu "joinha, joinha" pro Luan né não Brunelli?

Dia de Natal é um dia que nem as padarias e os supermercados 24 horas abrem não é mesmo?

Não, não é.

Tanto eu como a Renata, minha amiga, nos recusamos a passar o Natal na morgação total. Tá certo que de dia fomos almoçar na casa da minha tia o almoço tradicional do dia 25 - as sobras da ceia - mas depois, de noite, decidimos sair para ver se havia alguma coisa na cidade. Encontramos o Blues Pub aberto, mas como era cedo ainda resolvemos ir comer primeiro. Aí batemos numa pizzaria rodízio aqui mesmo em Taguatinga.

Depois de sermos (mal) servidos, eis que adentra no recinto uma piada pronta: Júnior Brunelli.

É óbvio e evidente que tal presença chamou a atenção de todos os presentes na pizzaria, as pessoas chegavam a ficar pescoçando no pórtico que dividia os dois salões do local, sendo que vossa excelência se postou lá no fundão. A única coisa que me limitei a fazer (a mesa onde estávamos era a primeira para quem entrava) foi sacar o celular e mandar pro twitter: "Estou na pizzaria D'lanonna e entrou agora o Junior Brunelli. Pelo visto a CPI ja acabou".

Depois de tudo acabar em pizza desistimos do Blues Pub por acharmos que as redondezas estavam muito perigosas. Rumamos para o Plano em busca de algo aberto e funcionando. Só encontramos o Mont Sion.

Vou ser sincero com vocês. Nesta ocasião presenciei uma das cenas mais deprimentes que eu já vi na minha vida. Passava nas TVs do bar não o Roberto Carlos vivendo esse momento lindo pela enecentésima vez, mas um DVD de um cantor sertanejo que nunca havia ouvido falar até aquele momento, um tal de Luan Santana, e graças a Deus todas as TVs estavam inaudíveis.

Porém as legendas estavam lá para denúnciar o teor das músicas e das rimas ricamente elaboradas. Ai chegou um momento bizarro: uma música daquelas preparadas a toque de caixa, mas que inseriram no meio da letra nomes de marcas de bombons e chocolates(!) como Serenata de Amor, Sonho de Valsa, Diamante Negro, Talento, Bis, Prestígio, etc. fazendo trocadilhos infames. Mas nada supera a cena em que uma fã(?!) sobe no palco e o cantor abre um bombom e se oferece para botar na boca da menina. Quando a mesma se aproxima ele afasta o bombom como quem estivesse colocando ua cenoura na frente de um burro e...

Já chega, eu vou poupá-los dos resto dos detalhes sórdidos porque sinto vergonha alheia só de ficar lembrando dessa cena deprimente. E aí eu me pergunto, vale a pena passar um ridículo desses por causa de um ídolo? Ou pior, dá pra abstrair algo de aproveitável em alguém assim a ponto de se tornar fã? E não é pouca gente não, pelas cenas do DVD o cara estava cantando para uma enorme multidão de fãz histéricas como a que subiu no palco para ser "pescada".

Está aberto o debate e, principalmente, a reflexão.

2 comentários:

  1. Brasília não é diferente de nenhum otra cidade braisleira, no que diz respeito
    à escandâlos e pouco vergonha dos "homens públicos". Mas obviamente por ser a Capital, sofre mais com a presença aglomerada das figuras nefastas.
    Esse ano, estive em Bsb por motivos profissionais. E no aeroporto dei de cara com Mafuf. uma baita "sorte".
    Por pouco não tomei um dramin de 100 mg.

    ResponderExcluir
  2. Caramba, que cantor é esse? Aff, ainda bem que nunca ouvi falar...por falar em coisas bizarras, você viu o cantor Daniel tentando dançar country no show da virada? Ahahahahha....terror e pânico. Até que eu simpatizo com ele, o rapaz se esforçou para fazer os passos certos. Mas sabe quando alguém não combina com algo, não tem química? Pois é, não funciona mesmo......

    Putz, que "sorte" essa encontrar um dos ditos cujos logo na pizzaria, hein...será que ninguém ficou com indigestão depois?

    Bj!

    Sil
    esquinadasil.blogspot.com

    ResponderExcluir