quinta-feira, 23 de abril de 2009

Grandes impérios que ruíram

Júlio César*, Napoleão Bonaparte, Adolf Hitler e Emílio Médici**: Em comum o julgamento de invencibilidade e menosprezo aos inimigos.

Para quem vive nos tempos atuais não passa nem pela cabeça que em vários momentos da História houveram grandes impérios que subjugaram diversos povos, conquistaram dimensões continentais sob seus domínios e possuíam exércitos tão poderosos que amedrontavam seus inimigos apenas com sua aproximação tamanha desvantagem que se sobrepunha. Em suma, as pessoas, e principalmente seus governantes, possuíam razões de sobra para julgarem que não haveria ninguém que fizesse frente à sua força e suas conquistas e, por isso, este domínio seria eterno.

Na antiguidade houve vários grandes impérios, como por exemplo o que esteve sob domínio de Alexandre, o Grande. Mas nenhum deles se compara ao que foi o Império Romano. Seu grande poderio militar fez com que seu território se estendesse desde a península ibérica até próximo da região do atual Irã, dimensões continentais que para o mundo que se conhecia na região à época poderia significar o dominio sobre quae todo o planeta. Seus avanços em diversas áreas formou uma civilização de bases sólidas, diferente dos povos tribais que ainda não estavam sob o controle do império, os quais os romanos chamavam de bárbaros. Pois não compartilhavam do modo de vida romano.

Pois com o passar dos anos assumiram vários imperadores que por se julgarem tão invencíveis estariam acima do bem e do mal, vieram a adotar postura tirânica no modo de governar, além de levarem uma vida promíscua e sem limites. Isso fez com que vários líderes começassem a questionar o governo central e começassem a fragmentar o mpério. Foi um prato cheio para os bárbaros, que pouco a pouco, durante três séculos, foram reduzindo o poder de Roma até a sua queda em 476 d.C. Destino semelhante ocorreu com Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente em 1453, quando foi tomada pelos exércitos otomanos.

Muitos séculos depois, outro grande império começou a se formar quando em 1899 Napoleão deu o golpe de 18 brumário no governo revolucionário francês. General de grande prestígio e notável estrategista, Napoleão conduziu seus exércitos para conquistar quase toda a Europa Ocidental, parecia que nada poderia deter a França a conquistar toda a Europa.

Porém seu estilo de déspota e as guerras que pareciam intermináveis começavam a causar descontentamentos em pleno solo francês. Além disso mais uma vez surgiu o sentimento de invencibilidade. Ao invadir a Rússia julgou estar conquistando mais uma presa fácil, mas ao chegar em Moscou encontrou uma cidade já arrasada pelos seus moradores. Sem abrigo e sem recursos que achavam obteriam a o saquear a cidade o exército francês pereceu sob o frio do inverno russo até quase ser totalmente aniquilado. A partir daí as nações aliadas viraram o jogo até culminar na batalha de Waterloo.

Já no século XX, acontece a ascensão do nazismo, ideologia que pregava o armamentismo e a superioridade racial dos alemães sobre as demais raças teve sua chegada ao poder na década de 30 com Adolf Hitler. Sob seu comando a Alemanha propagou uma campanha de perseguição a judeus, negros, ciganos, homossexuais, opositores do regime entre outros que eram julgados inferiores. Também era necessário garantir o dito espaço vital para assegurar o domínio alemão. E de conquista em conqusita parecia que a europa iria perecer aos pés do terceiro reich, que, segundo as palavras de Hitler, seria um reich que duraria mil anos. Ingleses e franceses não seriam páreo nem mesmo se se tornassem uma nação só.

Pois Hitler e seus generais cometeram os mesmo erros que Napoleão cometera um século antes e invadindo a mesma Rússia. O revés no inverno russo iniciou a reviravolta na guerra onde russos ao leste e ingleses e a resistência francesa (a França estava sob domínio nazista), junto com os Estados Unidos, à oeste foram pouco a pouco libertando a Europa e descobrindo as atrocidades cometidas pelos seguidores de Hitler. Outro grande "império" se esfacelava.

Há também exemplos no Brasil. A ditadura que se instalou no poder em 1964 começava a ser confrontada com a oposição da sociedade civil, natadamente de estudantes e partidos de esquerda. A solução encontrada pelo governo foi a criação do AI-5, que recrudesceram o regime e sufocava qualquer opinião contrária ao mesmo. Não restou outra saída à esquerda senão pegar em armas, mas não foi o suficiente para ameaçar consideravelmente o poder. Somando-se a isso o dito "milagre econômico" do início da década de 70 parecia que os militares eram grandes estadistas que estaam levando o país a se tornar uma potência.

Mas veia crise do petróleo e os investimentos que financiavam o "milagre" começaram a ficar escassos. Para manter o crescimento e justificar a manutenção do regime começou-se a tomar empréstimos um atrás do outro. Óbvio que isso aumentaria a dívida pública a um ponto que não houvesse mais garantias para novos financiamentos, e começou aí uma crise econômica que, além de tornar a ditadura insustentável até o seu fim em 1985, levou pelo menos 20 anos para que se pudesse dizer que a mesma estava totalmente controlada.

A lição que isso nos traz é que nada no mundo é invencível e/ou superior o suficiente que pareça ser eterno. Faz parte da matureza esta mutabilidade constante. Que estes grandes fatos históricos nos mostrem que nenhuma grande conquista é eterna, e que aqueles que julgamos inferiores podem ser nossos algozes no futuro.

*Apesar de ter sido líder político durante a República, Júlio César ilustra este texto por ser símbolo da expansão máxima de Roma.
**Emílio Médici não foi deposto, mas foi o presidente durante o período de maior repressão durante a ditadura.

5 comentários:

  1. Clébio,

    O Rancho da Goiabada - eterna canção de João Bosca e Aldir Blanc - já foi gravado por João Bosco, num solo de violão (típico), com arranjo diametralmente (a levada é bem mais dinâmica) oposto àquele gravado por Elis e que você disponibiliza por youtube.

    Eu tinha uma fita cassete (faz tempo), que recebi de presente do meu tio materno, e nunca esqueci dessa música.

    ResponderExcluir
  2. Eu sei muito bem o que levou o Santa Cruz a esta situação e espero que os responsáveis esqueçam como que faz pra chegar no Arruda. Agora isso não quer dizer que por que "o pardal" caiu ele nunca mais vai voar de novo. Pode não parecer mas estamos trabalhando para reerguer o Santa. Conheço alguns dos diretores atuais e tenho ajudado no que posso, junto com meus colegas, no trabalho que eles estão fazendo e que não está sendo nada fácil dadas as limitações existentes. Erros e percalços vão acontecer e podemos levar anos para voltarmos a ser o Terror do Nordeste, mas esforço é o que não vai faltar para isso, por mais torcida que haja pra que a gente se ferre.

    Quando é que voce vai me mandar e-mail?

    Saudações Corais.

    ResponderExcluir
  3. Eu nunca li tamanhos erros históricos em somente um texto.
    Primeiro a foto do romano lá em cima é de Augusto e não Julio César
    Segundo não foi Napoleão que declarou guerra contra Europa, a guerra foi culpa da Inglaterra e das monarquias. Napoleão SEMPRE procurou a paz e enviou inumeras propostas de paz para os países inimigos, ele até consegu no inicio de seu governo fazer a paz com a Inglaterra, mas esta a quebrou.

    tudo bem você querer escrever sobre história, mas eu recomendo uma pesquisa melhor antes de cair no senso comum

    ResponderExcluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  5. São equívocos históricos em sequencia, continue escrevendo, antes de tudo pesquise mais em fontes seguras que abordem os dois lados, como foi em todos os casos abordados.Boa sorte!!!

    ResponderExcluir