segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Eu vi a Legião Urbana tocar em Brasília - Parte 1


Não, esse vídeo aí, como você puderam ver, é do Sepultura.

Mas quem achou estranho o título e está neste momento do outro lado cobrando uma explicação peço que aguarde mais um pouco. Além disso quero vender meu peixe deixando todo mundo com a pulga atrás da orelha.

Neste último fim de semana houve mais uma edição do Porão do Rock. O festival deste ano prometia muito por conta de suas novidades. A principal delas: o evento passou para a Esplanada, e agora seria de graça, resgatando um pouco do antigo espírito do Porão.

O primeiro dia - sábado, dia 19/09 - foi dedicado ao rock mais pesado. Apesar de não ser o tipo de música que eu gosto de ficar ouvindo por aí acho interessante assistir a shows de death metal & cia. É verdade que assisto meio como se estivesse em um estudo antropológico, admito, mas acho interessante, desde que seja num lugar aberto como foi no Porão. Shows assim em locais mais fechados não devem formar um ambiente dos mais salubres.

Infelizmente não rolou o que eu imaginava neste dia, mas rolaram algumas coisas interessantes.

Primeiro: fui esperar uma colega minha, que ia levar uma colega dela, para irmos para o Porão. Como elas estavam presas numa reunião fiquei esperando elas numa quadra cheia de barzinhos. Parei naquele que eu fui mais com a cara e sentei no balcão para matar o tempo. Futebol na TV, mais gente aparecendo e aparentando uma mobilização para o festival, puxo papo com a turma, puxo papo com uma menina legal...

Aí chega minha colega e nos dirigimos pra Esplanada. Aquela cena clássica de show de graça - aglomeração de gente, palco iluminado, profusão de barraquinhas de cachorro quente, trânsito lento e por aí vai. A diferença é que desta vez parece mais um velório do que um evento musical, haja vista todos estarem vestidos de preto. É a típica "festa estranha com gente esquisita".

Tinha mais coisa estranha, o local mais parecia um camping juvenil do que um show de qualquer coisa. Claro que tinham bandas tocando e tudo o mais, mas se você perguntasse pro povo quem é que estava no palco ninguém saberia responder, aliás, o povo ficava conversando, passeando, bebendo, o show mesmo que é bom era só um mero detalhe.

Falando em detalhe teve outro que me chamou a atenção. Me disseram que haveriam duas atrações internacionais, só que não me lembrava do nome das mesmas. Foi só quando uma delas foi anunciada que lembrei o nome de uma - Eagles of the Death Metal - e pelo nome e pelo fato de ser estrangeiro o negócio prometia esquentar. Quem sabe agora o povo não acordava.

Que nada! O marasmo continuou muito em parte graças a banda, que de death metal não tinha nada, parecia mais um new wave das antigas. E o vocalista, que parecia o Leôncio do Pica Pau, ainda tentou puxar papo com o público (obviamente em vão, já que a galera não entende inglês). O bom do show foi só ficar zoando com os riffs que pareciam copiados de outras músicas mais famosas.

O jeito era criar expectativa com a próxima atração, muito mais conhecida e badalada - Sepultura. A turma de BH tinha muito mais metal do que todo mundo que tocou naquele dia, juntos. E realmente, foi o suficiente pra dar uma animada na galera, e foi o que valeu a noite. O som é "massa", a galera colabora pro show ficar melhor ainda e os caras sabem bem levantar o público. Finalmente o Porão do Rock virou Porão do Rock.

Antes de qualquer coisa digo que o Porão ficou muito longe de ser ruim - quem ler o que eu escrevi pode pensar que estou só criticando. os shows foram bons, o povo é que parecia não estar nem aí, só mesmo a galera da frente que embalava o espetáculo.

Queria ver o show do Angra também, mas ao fim do show do Sepultura já estava destruído, era melhor guardar energias para o dia seguinte.

Não podia ter tomado decisão mais acertada, não pelo que deixei de ver, mas pelo que iria ver. E ouvir.

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