quinta-feira, 11 de março de 2010

O society, a camisa e o Brasão.

No bar do sempre "simpático" Galvão.

Se tem uma coisa que eu quase passei a ter como certa a partir da semana passada foi que eu nasci para viver em climas amenos, mais para o frio do que para o calor.

Estive em Recife durante três dias (da meia noite do dia 26 para o dia 27/02 às 23 horas do dia 01/03), o que foi o suficiente para suar tudo que eu não havia suado por todo o resto do ano. Não sei se foi azar meu mas todos os que eu encontrava por aí reclamavam do forte calor, e realmente no ano passado não me lembrava de ter "entrado num forno a lenha" como foi agora nesta curta passagem.

O objetivo final era ir para Aracaju por ocasião do aniversário do meu pai, mas não poderia deixar de aproveitar a oportunidade e fazer como os muçulmanos que fazem todo ano sua peregrinação à Meca, só que no meu caso a peregrinação é ao Mundão do Arruda. E dei a sorte de ter coincidido com um evento especial, a inauguração do Santa Cruz Soccer.

A inaguração contou com o presidente do patrimonial José Augusto de Paula.

Levei material e tudo para a possibilidade de entrar em algum time para jogar, mas não rolou. Em compensação me empurraram para apitar uma das partidas programadas: das musas corais contra as mães dos meninos do futsal. Sobre meu desempenho como árbitro prefiro não tecer maiores comentários. No fim vitória das musas por 3 x 0.


Depois dos jogos uma recepção mais do que especial: Feijoada caprichada 0800 pra galera e shows musicais da melhor qualidade e confraternizando com os amigos como aquecimento para o jogo de logo mais. Coisas que só acontecem nas Repúblicas Independentes.

Agora uma história engraçada: Não havia levado meião, então recorri a loja do Santa para suprir tal carência. Comprei o último que havia (infelizmente não era o coral) e voltei correndo para o society, mas não antes sem conferir a linha retrô.

Não havia as camisas que haviam despertado meu interesse no cartaz afixado na loja, mas uma camisa me chamou a atenção - era preta, com gola de cordão, o monograma do Santa Cruz em laranja no peito e com o número catorze nas costas alusivo ao ano de nascimento do clube. nada que me chamasse a atenção de imediato, o lance viria a acontecer depois.


Percebi ao longo do dia que muita gente usava aquela camiseta sem maiores chamativos, eu mesmo se fosse usar uma camisa dessas aqui em Brasília ela iria passar despercebida como uma camisa de futebol. E passei a tentar entender qual o fenômeno daquela camisa, ainda reticente em querer ter uma.

E chega a hora de adentrar no Arrudão, as sociais já relativamente cheias e o encontro com os amigos de longa data que não listarei agora para não correr o risco de cometer alguma injustiça ou algum engano. Estádio cheio para Santa Cruz x Sete de Setembro e uma aura dentro daquele estádio que há tempos não sentia. Dentro de campo, festa completa, um gol atrás do outro no primeiro tempo e placar parcial de 4 x 1. A esta altura Ana Maria já me abraça insinuando que eu sou pé quente. Ora vejam! Quem sou eu. Se alguém ali naquele estádio tinha pé quente não era eu, era um cara que tinha o nome tão quente que saiu tendo ele gritado pela torcida - no intervalo e sem ter feito nenhum gol(!). O nome dele? Brasão. Não só incendiou a partida com inflamou a torcida. Agora graças a ele tudo nas bandas do Arruda alude a fogo.

Só no segundo tempo é que percebi que o técnico Dado Cavalcanti, um dos símbolos desta arrancada, estava usando a bendita camisa com o catorze nas costas. Agora sim havia entendido porque é que ela tinha caído no gosto da massa tricolor.

Dado e a tal da camisa.

Fim de jogo. fizemos seis no sete. Reunião dos amigos no Bar do Galvão após o jogo e me dá aquele estalo de comprar a camisa. Quebrei o porquinho (leia-se, contei os tostões que ainda tinha no fim do mês) e corri na loja. Fechada (antes da hora, diga-se), mas não me fiz de rogado e bati na porta, joguei um lero de que tinha vindo de longe só pra ver o jogo e que iria embora no dia seguinte e não sei o que mais e acabei entrando. Peguei, provei e levei num instante. Saí do Mundão e segui para Aracaju com a alma lavada e com a certeza de que aproveitei aquele sábado ao máximo do que era possível.

Meus agradecimentos à Bia (que me levou ao Arrudão), a Marcelo Beltrão (que me levou de volta depois), à Ana Paula e Fernando Roma pela companhia na partida, à Ana Maria pelo seu alto astral durante todo o dia e à turma da Mega Liga, aos irmãos Azevedo e mais uma tuia de gente, além de toda esta torcida maravilhosa e única da qual tenho orgulho de fazer parte.

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