domingo, 21 de junho de 2009

Meu sábado à noite infantil


A tal da década de 80 teve vários significados pra mim e desse período tem alguns momentos que lembro com carinho. Hoje me vejo num sábado preguiçoso onde estou aqui no computador fazendo algumas coisas tanto pra faculdade como pra mim mesmo. A falta de vontade de sair me trouxe algumas destas lembranças.

Sábado a noite era uma coisa especial na minha época de cinco, seis anos. Era o dia de se fazer algo especial para o jantar - se é que podia chamar de jantar, e talvez por isso era especial - era o grande momento de reunir toda a família à mesa, coisa que tem se tornado rara hoje em dia.

Primeiro ponto: porque essa indefinição em chamar de jantar? Simples, meu caro que me lê agora, porque diferente do arroz com feijão do nosso dia-a-dia, no sábado se preparava uma vez hamburguer, noutra pizza, noutra lasanha e por aí vai. Era, digamos, um "lanche" preparado em casa, em uma era pré explosão do fast food (pra se ter uma idéia McDonald's só tinha um em todo o DF, o do Parkshopping que ficava ao lado da Mesbla - hoje Renner).

A preparação começava desde o início da noite. Eu era encarregado de pegar os vasilhames de cerveja e refrigerante de vidro e levar numa sacola daquelas de feira para "encher os cascos" no Bar do Gilmar. Hoje num mundo pet essa prática soa um tanto arcaica, e por conta disso é bom lembrar como era comum nos supermercados o espaço pra depósito e entrega desses vasilhames, geralmente ao lado do guarda-volumes.

Compras feitas, o lanche era preparado. O hamburguer era quem costumava reinar nos primeiros tempos, depois passou a ser as pizzas do Gordeixo's, entre eles ás vezes também tinha vez o cachorro quente em algumas ocasiões. Nas épocas de hamburguer era emblemática a birra que eu tinha em colocar salada no pão, o que deixava meu pai indignado. Sendo assim ele adotou uma tática para que eu passasse a comer salada: servir em etapas, tipo na primeira vez entrou alface, depois de algumas noites entrou o tomate, depois a cebola e assim por diante, sempre seguindo o esquema também nas refeições durante a semana para que eu passasse a comer a salada completa em qualquer ocasião.

Já Na TV passava sempre alguma coisa bem emblemática, às vezes algum filme bom do Super Cine, mas o que costumava reinar na telinha era o infame Viva a Noite (infame hoje, porque na época eu adorava). Mesmo gostando do programa, desde que eu me entendo por gente eu achava ridícula aquela dnaça do passarinho (passarinho quer dnaçar, etc. etc.). Vou poupá-los de relembrar deste momento, mas Seu Ronca como é bem afeito a essas coisas bem que gostaria.

No fim, fora esta parte da TV tudo remetia àquela eterna propaganda da pizza com Guaraná.

Poderia ficar puxando várias coisas boas daquela época, coisa pequenas de um mundo onde eu era bem mais observador e dava mais valor às coisas pequenas, que somadas davam o todo que tornavam aqueles momentos tão bons. Por ora fico com o que registrei hoje, mas com o compromisso de trazer mais coisas daquela época no futuro.

E pensar que hoje meu pai diz que até se colocar uma botina velha no sanduba eu como.

Um comentário:

  1. Nossa como aquela época era bom demais. Nossa vc colocou o guaraná ai eu lembrei bem da propaganda era sempre pizza ou pipoca com guaraná. Bom antes disso tinha o Baré, Baré guaraná, Baré cola e Baré tuti frute, que vinha num casca que parecia o de cerveja. Era o que levavamos para as festas americanas fomosas onde dançavamos lenta e até com a vasoura e cantavamos menudo e trem da alegria. kkkkkkkkkkkkkkkk

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