sábado, 17 de janeiro de 2009

Palavras que tocam



Já prestei aqui ontem as minhas condolências às vítimas do acidente com o ônibus do Brasil de Pelotas, mas somente hoje pude ver a magnitude do ocorrido por meio das reportagens sobre o que ocorreu.

O fato foi bastante mostrado durante todo o dia. Muitas imagens do local onde o ônibus capotou, o resgate aos jogadores e membros da comissão técnica, o velório, a tristeza, o choque, o luto.

Mas as palavras que o ex-presidente do clube Cláudio Montanelli falou em entrevista e que foram ao ar no Jornal Nacional me marcaram de um jeito particularmente diferente:

- Assisti o Cláudio Milar, maior goleador do Brasil (de Pelotas), entrar no Bento Freitas dentro de um caixão! Compreendeu? isso é uma coisa inexplicável. É uma coisa que não se aceita.

Essas palavras pra mim resumiram não só o sentimento que tomou conta de toda Pelotas, mas de todas as pessoas que perdem algum ente querido em tragédias como a de ontem. Mostra também como o destino pode ser cruel em seus acontecimentos pelo quão repentino alguém pode nos deixar já que é uma coisa que nós nunca esperamos e, portanto, nunca estamos preparados para ela.

E isso é porque eram pessoas conhecidas, idolos para aquela cidade, mas quantas pessoas anônimas não passam por um choque tão grande com esse por aí sem nem darmos importância?

Que estas palavras nos façam refletir.

***

Atualização: Em São Paulo aconteceu nova tragédia, o teto da sede da Igreja Renascer em Cristo desabou matando nove pessoas e deixando feridas outras 96.

Novamente o choque toma conta da cidade. Novamente uma frase me chama a atenção, mas desta vez pelo sentido contrário.

O Bispo Estevam e a Bispa Sônia divulgaram uma nota lamentando o ocorrido, declarando solidariedade às vítimas entre outras coisas. Mas arrematam dizendo que deve haver algum propósito de Deus no que aconteceu.

Achei altamente inoportuno esta frase e acho que era a última coisa que os familiares das vítimas, principalmente as fatais, queriam ouvir, além de ficar parecendo que querem se eximir de uma possível responsabilidade ou omissão jogando a culpa em Deus.

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