terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A tal da Obamamania.


Nelson Mandela disse certa vez: "Você sabe que ficou realmente famoso quando vira personagem de quadrinhos". Sendo assim, Barack Obama, que hoje será o 44º homem a ocupar a presidência dos Estados Unidos logo que pegar as chaves da casa nova (a branca) com o antigo inquilino George W. Bush, deu recentemente um passo que acredito eu presidente nenhum jamais havia dado.

Desde que Obama foi eleito, foram veiculadas inúmeras notícias sobre sua popularidade e todas as expectativas e esperanças que surgiam acerca do novo governo que estava para começar, esperança essa que fez com que muita gente tentasse auferir alguns trocados lançando tudo quanto é tipo de bugiganga que estivesse vinculada ao futuro presidente. Pelo que andei apurando acho que só faltou leiloarem no eBay alguma cueca usada por ele.

Confesso que não estava dando muita bola pro noticiário, e nem daria mesmo que se desse mais destaque pro que seria o usual - que é a composição do novo governo e as políticas que estariam pra ser implementadas - em vez do que realmente ocorreu que foi dar ênfase ao fenômeno pop que Obama se tornou. A política internacional nunca foi de me atrair mesmo.

Mas como dizem, uma imagem vale mais do que mil palavras, e foi só quando visualizei esta imagem acima na Folha de São Paulo - Obama na capa da revista do Homem-Aranha - que caiu a ficha (quase uma bigorna) das proporções que as coisas tomaram. Realmente algo de diferente está acontecendo ou está para acontecer.

Por que eu acho isso? Bom, que eu saiba nenhum outro presidente foi retratado assim como ele mesmo em qualquer tipo de publicação, que dirá como elemento principal da mesma. Político até onde eu sei só é retratado em charge, e quando algum aparece em histórias em quadrinhos é em versão parodiada e/ou satirizada, tal qual em uma charge, a típica caricatura iconoclasta que é tudo que o homem público procura dia após dia evitar.


Ainda estou tentando por claro em idéias o que este fenômeno quer retratar, mas já fica claro a quabra de paradigmas, não só na imagem que se tem do presidente que está tomando posse hoje mas também no tipo de política que Obama planeja por em prática assim que ele e toda sua equipe for efetivada no cargo. Suas origens por si só já não o permite agir como seus "antecessores ex-combatentes do Vietnã" fizeram durante anos na Casa branca, é só observar a sua postura que realmente passa a imagem de um estadista, e não a de um cowboy caricato.

É partindo de toda essa mudança anunciada de postura no governo americano que pairam as expectativas do mundo todo, porém devemos ser cautelosos para evitar possíveis desilusões pois já estamos calejados de ver como as pessoas mudam de postura quando se deparam com a realidade que seus cargos a impõem. Só uma coisa parece imutável no momento: é o clamor popular por mudanças que já se observa desde a eleição e que tomou traços mais uniformes depois da mesma, e essa não costuma ser piedosa com quem trai sua confiança, sob pena de Obama sair deste pedestal em que foi colocado e virar "apenas mais um que sentou na cadeira de George Washington".

Enquanto isso fique com as imagens da despedida dos americanos a George W. Bush.

Foto: Chico Mendez/G1

Quem diria que Bush teria como sucessor alguém com o sobrenome Hussein (Barack Hussein Obama II).

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