quinta-feira, 7 de maio de 2009

Bajofondo, mas só para a elite

É só por isso


Mais uma vez vou comentar um texto da Sil e acabo criando um relato tão grande que fica melhor colocar como um texto próprio no meu blog.

O texto em questão é este, mas não vou resumi-lo aqui, convido os senhores à lê-lo in loco.

Já não é de hoje que os ingressos cobrados em espetáculos em Brasília tem preços proibitivos que visam "olimpizar" a cultura. Sim olimpizar para que apenas os escolhidos possam ter acesso ao olimpo, como quase tudo na capital federal onde ricos e pobres não podem dividir o mesmo espaço. Métodos não faltam: Preço (exorbitantes), localização (bem distante), acesso (sem ônibus), etc.

Quanto a isto já havia falado no texto Uma segregação silenciosa.

Pois bem, mais um show em Brasília com preços altos, mas desta vez passaram da conta. O Bajofondo é um grupo excelente e produz um som genial misturando ritmos latinos com música eletrônica, mas daí a cobrar R$ 300,00 (isso mesmo, trezentos reais a inteira!) pelo ingresso extrapolou todos os limites do proibitismo. Mas como sempre o show deve lotar, sempre lota, sempre haverá quem pague e muitos destes devem saber que o real motivo de um preço tão alto não é a qualidade do show, inegavelmente ótimo.

Como sei disso? Vejamos:

Essa turma que vai financiar a escalada inflacionária dos ingressos para shows em Brasília provavelmente só os conhece porque eles tiveram a música deles na abertura da novela das 8. Aliás, o preço é unica e exclusivamente por conta disso senão o preço seria muito mais em conta e iria realmente só quem curte o som deles.

Acho que eu mesmo só pagaria um preço desse em um show se por exemplo Tom Jobim ou Elis Regina viessem do além pra se apresentar na capital.

Quero aproveitar também para iniciar uma campanha para patrocinar a minha ida ao show do Bajofondo. Os interessados podem me contactar por e-mail que retornarei passando os dados para depósito. O sigilo na transação é garantido e a doação se enquadrará na Lei Rouanet, permitindo incentivos fiscais, tanto para pessoas físicas como para jurídicas.

Pelo menos acho que foi pra isso que a lei foi criada, para aproximar a cultura da população, principalmente aquela que tem mais dificuldade de acesso. E que dificuldade.

Em tempo, queria colocar outra música do Bajofondo para ilustrar o texto, mas aqui onde escrevo não tenho como fazer upload das músicas. Pelo menos ficou autoexplicativo para quem não está ligando nome à pessoa.

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