segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sobre o choro da Maisa

Uma coisa é certa: é muita forçação de barra querer que ela fique parecida com a Shirley Temple.

Ela já foi classificada como andróide, anãe até como alienígena dada a desenvoltura da mesma no palco, incomum para a sua idade desde o tempo que se apresentava no programa do Raul Gil. Mas agora é outra coisa que tem chamado a atenção na carreira da pequena Maisa, com 7 anos recém completos na sexta passada. Por dois programas consecutivos a menina tem crises de choro durante o programa de Sílvio Santos, chamando a atenção não só do público mas das autoridades como o Ministério Público, que justo no dia do aniversário da menina solicitou à Justiça e a mesma resolveu cassar o alvará que permitia à menina participar da atração do programa.

Estava acompanhando o caso mas preferi me informar melhor e criar um juízo melhor elaborado antes de escrever algo de definitivo sobre o ocorrido.

Em primeiro lugar considero acertada a decisão da Justiça, em face principalmente ao que ocorreu no programa do dia 17, onde Sílvio incitou a platéia a chamá-la de medrosa. Imaginea o que deve ter passado na cabeça dela ao ouvir tanta gente atendendo o pedido do apresentador? Não é possível que ninguém ali se sentiu constrangido com a situação, eu pelo menos quando vi as cenas no Youtube me senti.

Na minha concepção foi uma prática clara de bullying, e a justificativa dada pela juíza para cassar o alvará do SBT corroborou com essa minha conclusão. A mesma falou em "situações de constrangimento que comprometem o desenvolvimento da criança", com o agravante de qu a prática foi feita por um adulto que teria um papel euqivalente ao de um adulto.

Quanto ao ponto que alguns levaram ao debate de que a mesma estaria sendo sujeitada a trabalho infantil confesso que fica difícil criar um juízo ou até mesmo entar na discussão. Lembro que cresci vendo, só pra citar alguns exemplos, a Simony apresentando o programa do Balão Mágico, o Juninho Bill cantando no Trem da Alegria, a Aretha participando dos especiais do início dos anos 80, isso sem falar nas dezenas de atores mirins como Rosana Garcia, Tatyane Goulart, Patrick de Oliviera e Isabelle Drummond, isso só pelo que eu puxei pela memória.

Balão Mágico era trabalho infantil?

Eu não tenho conhecimento jurídico para classificar isso como trabalho infantil nem como enquadrar este tipo de atividade num outro patamar, prefiro deixar isto para os juristas e confiar que chegarão à decisão mais plausível. E sem excessos, de preferência. Que pelo menos fique o alerta para que não abusem (eu disse ABUSEM) da exposição exagerada de crianças por ele demonstrar algum talento. Esse alerta vale ainda mais para os pais, que tem que se lembrar que o desenvolvimento sadio do seu filho é mais valioso e importante do que a fama que ele pode alcançar e o dinheiro que ele pode ganhar.

Então vamos inicar uma nova enquete: O que Maisa faz na televisão pode ser enquadrado como trabalho infantil?

***

Resultado da última enquete: Você acha acertada a decisão de Adriano de interromper a carreira por tempo indeterminado?

Sim: 57%
Não: 43%


A maioria dos votos para o "sim" foram dados antes de Adriano assinar contrato com o Flamengo e, por consequência, defasar a enquete. Esta reviravolta fez com que o "não" quase passasse à frente em dado momento.

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Em tempo, eu ainda tenho esse LP da foto aí de cima.

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