sexta-feira, 23 de abril de 2010

Postagem tardia e convocatória

Encontro de titãs: José Emanoel, Marcelo Porrada e Fábio Barbachan

Publicado originalmente no Blog do Santinha.

George me liga no início da tarde e fala: "Acabei de falar com Samarone no telefone e ele disse para vocês tirarem um monte de fotos, vídeos e o escambau, também é pra levar um bloquinho de anotações para registrar os lances da viagem".

George para quem não sabe é o Analista DF que vez ou outra comenta aqui. Ele já havia pago seu lugar para ir na nossa caravana para Goiânia, mas desistiu alegando outros compromissos logo cedo pela manhã (como se houvesse compromisso mais importante do que o Mais Querido jogando a um alcance tão perto de nós exilados).

E onde danado que eu ia achar tempo para ficar anotando as coisas num jogo tenso como foi o de ontem, ainda mais considerando todos os percalços pelos quais passamos? Eu mal tive tempo para registrar nossa epopeia em fotos...

Começou que fizemos um desvio alternativo para pegarmos alguns passageiros. E para nossa surpresa nos vimos completamente presos num engarrafamento incomum - houve um acidente na Via Estrutural que bloqueou todas as faixas da pista. Na hora estavamos em cima de um viaduto, descemos eu e o André Cintra e saímos abrindo passagem pelos carros até que conseguimos entrar no trevo depois de meia hora parado, fora o tempo gasto no trânsito lento. Por conta disso só conseguimos pegar o coitado do Romero (Coral DF) às 18:45 e acabamos chegando no estádio com 20 do primeiro tempo (e não 30 como o exagerado do Marco André colocou aqui).

Do jogo o que posso dizer já foi dito por Eduardo Moura, primeiro tempo de equilíbrio, mas está nítido que melhorar, e muito, a preparação física do time. Brasão além de viver sua sina de mil impedimentos parecia jogar sem vontade: ou estava morto ou de saco cheio. O zaga não foi tão horrorosa quanto dizem, salvou cada jogada de perigo que eu vou te contar. Alguns no estádio afirmavam que esta dupla é que tinha que ser mantida. Vejo por outro lado, pois o esquema montado por Dado não permite fazer grandes avaliações individuais, afinal ele pode ter mudado a escalação ontem por dois motivos: ou queria jogar nos erros do Atlético (em alguns momentos deu certo) ou queria diluir as deficiências do setor defensivo - foi depois que o time voltou a ser mais ofensivo que surgiram os gols do adversário, todos originados em jogadas de contra-ataque, incluindo a falta que deu origem ao primeiro gol.

Falaram também que a edição dos lances foi tendenciosa. Pois eu digo, foi e muito, principalmente dos lances do segundo tempo onde os dois personagens principais foram os dois guarda metas. Teve pelo menos uns quatro lances de perigo contra a meta goianiense que a Globo simplesmente ignorou. Precisamos manter Tuti e Leandro Cardoso, e arranjar um companheiro de zaga para colocar Luiz Eduardo no banco, além de um lateral-esquerdo. Por fim, Dedé deveria entrar no clássico, mas no lugar de Jackson.

Show mesmo pra variar foi na parte da arquibancada designada aos representantes da torcida coral. Mutas vezes puxamos o Tri-Tricolor entre outros cânticos de exaltação ao Santa (e não a alguma torcida). mas também havia aqueles que pareciam emergir das sociais, um deles inclusive era a cara de Naná. Entre as pérolas que a figura soltou, em uma gravata recebida por Goiano ele solta: "Larga esse macho que ele já é casado".

Além de nossa caravana teve mais gente que veio por conta própria de Brasília - pegamos até dois corais que estavam a pé a caminho do estádio. Elenildo foi o encarregado de fazer o censo daqueles que ainda não tínhamos contato, mas parece que tricolores de Goiânia eram poucos. Dois destaques: primeiro para um grupo que veio de Uberlândia prestigiar o Mais Querido, ou seja, viajou bem mais do que a gente; segundo o encontro inédito de lendas da tricoloridade em terras candangas - Emanoel, Marcelo Porrada e Fábio Barbachan.

A torcida deu show apesar de não ter trazido a classificação. É uma triste rotina mas que não pode deixar de ser registrada pois este apoio que nunca cessa vai ser fundamental para a conquista do bodão, resta aos jogadores reacenderem a chama da vontade que brotou naqueles jogos memoráveis de poucos dias atrás, afinal a vitória contra o Botafogo foi há menos de um mês.

Em tempo, não levei bloquinho, escrevi tudo baseado apenas nas boas lembranças e nas amizades formadas nesta aventura. E lembrar que a Planalto Coral surgiu quando houve a possibilidade de o Santa jogar contra o Goiás nesta mesma Copa do Brasil e precisávamos nos mobilizar para uma possível viagem. Dois anos depois finalmente pudemos concretizar este feito.

Am grande agradecimento especial a todos que nos acompanharam na caravana e contribuiram para que ela, apesar de tudo que aconteceu, fosse bem sucedida. Espero que logo estejamos juntos novamente comemorando as vitórias do Terror do Nordeste.

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