sexta-feira, 23 de abril de 2010

Visões de Brasília (VIII) - Visita ao fundador


Bom, já dei aqui neste espaço os meus parabéns por mais uma tentativa da classe política de Brasília de engambelar a população. Agora é torcer para que esta dê uma mostra de maturidade nas urnas.

Mas o dia 21 de abril de 2010 ficará marcado como o aniversário em que Brasília foi mais Brasília em sua celebração. Somente o povo que a constrói a cada dia esteve presente nas festividades, confirmando que pelo menos para isso toda a crise institucional que a cidade viveu nos últimos meses serviu, para que ninguém se utilizasse da data para tantar colher dividendos políticos, como Arruda e Paulo Octávio pretendiam fazer. Não rolou, quer dizer, quase rolou.

Vou dizer o que presenciei, ou seja, não posso fazer um panorama detalhado. Como brasiliense que se preze fui pra Esplanada coalhada de gente. As mesmas atrações de sempre, e acho que a única coisa diferente que rolou foi a Parada Disney que eu mesmo não fiz questão de ver pois não me empolgou nem um pouco, além de não ter nada a ver com a ocasião. Fui foi torrar no solzão do vôlei de praia, que po falar nisso está bem disputado pelo que eu andei vendo, a disputa das finais é uma boa pedida pro fim de semana.

Porém tempo demais no sol acabou me deixando com um princípio de insolação e fui pro almoço meio molenga, decidido a voltar pra casa e encerrar meu feriado. Porém no caminho (estava com minha colega, a Cris) decidimos dar uma passada no Memorial JK acreditando que a coasião proporcionaria uma viagem inesquecível. Estava certo.

Para minha surpresa, muita gente teve a mesma idéia, incluindo aí muitos estrangeiros ávidos para conhecerem a epopéia candanga.

Para mim sempre que entro no memorial a parte mais marcanté é quando me deparo com este vão central no piso superior onde está a lápide preta escrito "O FUNDADOR". Aquele espaço tem uma aura que é difícil de descrever, só estando lá para sentir e naquela quarta estava especialmente mais forte esta sensação.

O resto do prédio também transpirava história, por conta dos objetos expostos e dos vídeos apresentados. O único revés se deu quando desci para o piso inferior e dei de cara com Paulo Octávio, o clã dos Kubitschek (do qual ele agora faz parte) e uma claque de companhia que aos poucos foi tomando o lugar do povo comum que ali estava há algumas horas atrás. Era a cerimônia que PO participava no dia, só que sem toda a exposição que ele teria se ainda fosse vice-governador-e-articulador-de-esquema.

Seja como for, meu 21/04/2010 foi melhor do que eu esperava.

E independente de já ter passado o dia 21, a visita ao Memorial é sempre uma boa pedida para quem quer viver (ou reviver) um pouco do que foi os tempos de JK, portanto, quem quiser conhecer pode se informar do horário de visitação e pode tirar o escorpião do bolso, pois a entrada custa R$ 6,00. Sem meia.

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